Praticamente banido do Festival de Cinema de Sundance, co-fundado por Robert Redford e realizado anualmente na cidade americana que lhe dá nome, Harvey Weinstein estará lá no comecinho de 2019. Ou melhor: ao menos a imagem do ex-todo-poderoso de Hollywood será destaque nas telonas do evento cinematográfico, que em sua próxima edição terá entre os longas selecionados para pré-estreia um documentário sobre a queda sem precedentes dele na meca do showbiz mundial, resultado do escândalo sexual que protagonizou no fim de 2017.
O filme do tipo nitroglicerina pura, intitulado “Untouchable” (“Intocável”, em português), foi dirigido por Ursula MacFarlane e contém entrevistas com várias supostas vítimas do produtor e informações de bastidores sobre os supostos crimes sexuais que ele cometeu, pelos quais está sendo julgado atualmente. Em maio, um outro doc sobre o mesmo tema já tinha sido exibido em Cannes – “Citizen Weinstein” (“Cidadão Weinstein”), encomendado pela “BBC”, teve um dos ingressos mais disputados do festival francês de 2018 e tem lançamento em circuito mundial previsto para o fim do ano.
Pelo menos 80 mulheres foram identificadas até agora como alvos de abuso sexual e até de estupro cometidos por Weinstein, das quais 60 o acionaram formalmente na justiça. A defesa do outrora bambambã hollywoodiano admite que ele pode ter “se passado” em muitos desses casos, porém afirma categoricamente que não há provas suficientes para justificar as agressões e que em relação aos estupros atribuídos ao seu cliente todos não passaram de relações sexuais consentidas. (Por Anderson Antunes)
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