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Com estreia nacional na Mostra Competitiva do 48º Festival de Gramado, o documentário “Me Chama que eu Vou”, de Joana Mariani, resgata a trajetória de Sidney Magal, repassando seus mais de 50 anos de carreira. Narrado em primeira pessoa pelo cantor, mostra o homem por trás do artista, e vice-versa.

Produzido pela Mar Filmes em parceria com a Globo News, Globo Filmes, Canal Brasil e Mistika, o longa mostra um homem real, que por trás da figura publica, tem histórias inusitadas, como quando pediu a Vinicius de Moraes que compusesse uma música para ele, a maneira como escolheu seu nome artístico na Itália, e até a rejeição inicial da Globo, para logo depois se transformar em convidado de honra em seus programas musicais.

A diretora Joana Mariani conheceu o cantor no começo dos anos 2000, durante as filmagens do clipe da música “Tenho”, dirigido por Pedro Becker, que foi lançado no Fantástico, e se aproximou do artista e de sua família. “A cada encontro, as histórias de vida, das experiências e ‘causos’ contados por ele fascinavam a todos. Sidney Magalhães é uma figura deliciosa, muito diferente do personagem que ele criou para sua vida artística (Sidney Magal)”, conta a cineasta.

Magal já participou de peças de teatro, filmes e programas de televisão, algo que ele mesmo define como “um pouco abusado de minha parte”, e encara o documentário como uma espécie de coroação. “É um documentário delicioso porque é muito real, ele é quem é o Sidney Magal, quem é o Sidney de Magalhães para vocês. O filme foi selecionado para participar do Festival de Cinema de Gramado e isso é uma alegria, já que o festival faz parte da história e da cultura do nosso país. Quero que todos curtam bastante o Sidney de Magalhães, porque eu tô inteiro nesse documentário”.

Repleto de imagens de arquivos de televisão e do próprio Magal, o filme explora tanto o lado artístico quanto pessoal daquele que, segundo o Jornal Nacional, é “um misto de Elvis Presley com John Travolta”. A produtora Diane Maia explica que a narrativa do longa começou com entrevistas informais entre Joana e Magal, e, a partir delas, foi montada uma estrutura que as guiou em busca das imagens que complementariam a fala do cantor. “Tivemos amplo acesso ao Acervo Globo, apoio de outras emissoras que nos cederam imagens que encontramos com pesquisadores, e, também, tivemos duas profissionais na casa do Magal por um mês digitalizando mais de 10 mil documentos históricos de sua carreira. A digitalização deste material foi não somente um presente para o filme, como para o Magal, que agora tem tudo organizado, datado e armazenado”.

Joana Mariani define o filme como “uma conversa gostosa de mesa de bar” trazendo um apanhado de lembranças e memórias. O longa também tem depoimentos de sua companheira, Magali West, que conta, entre outras coisas, como o cantor a conquistou, quando ela ainda era uma jovem estudante em Salvador; e do filho, Rodrigo West.

Além de “Me Chama que eu Vou”, a diretora prepara um outro filme sobre o artista, desta vez como produtora, ao lado de Diane Maia. “Meu Sangue Ferve por Você” será uma comédia romântica musical, livremente adaptada na vida do cantor, que será dirigida por Paulo Machline, com José Loreto como Sidney Magal e Giovana Cordeiro como Magali. “A ficção é um recorte de três meses sobre como ele e Magali se conheceram, há 40 anos, em uma turnê que ele estava fazendo pela Bahia para lançar um disco. É uma comédia romântica musical, uma história verdadeira, mas totalmente reescrita. Como falamos, um ‘conto Magalesco’”. Play pra conferir o trailer:

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