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Assis em 1951, em frente ao painel fotográfico dos Arcos da Lapa

A trajetória pessoal de José Assis Valente, nascido na Bahia, foi o contrário de seu sucesso no samba e na MPB. Nome por trás das músicas “Cai, Cai Balão”, “Boas Festas”, “Alegria” e “Brasil Pandeiro”, Assis foi roubado dos pais na infância, trabalhou até se exaustar como empregado e vagou com um circo pelo interior baiano. Quando foi tentar a vida no Rio como desenhista, lutou para conseguir publicar desenhos no “Shimmy”, “Fon-Fon”, entre outros veículos. Seu passado acabou lhe causando uma forte depressão e 7 tentativas de suicídio – até conseguir, em 1958, com veneno de rato.

Em “Quem Samba Tem Alegria”, biografia de Assis Valente, o jornalista e escritor Gonçalo Junior afirma que suicídio do compositor foi causado também pelo uso de drogas, especialmente a cocaína. O fato de Assis pouco mencionar a Bahia em suas canções também é abordado, assim como o seu pessimismo e isolamento de tudo e todos. “Gonçalo da Silva Júnior mergulha no imenso mar de luz e sombra que foi Assis Valente. E nos dá a exata profundidade de sua tragédia fantasiada de alegria”, escreveu Nei Lopes. Ou seja, leitura obrigatória.

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Serviço

“Quem samba tem alegria”

Preço R$ 65

Editora Record

644 páginas

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