A semana de alta costura Outono/2019 está a todo vapor em Paris. Entre os desfiles mais concorridos até agora, destacamos o da Dior e o da Chanel. Ambos sob o comando de mulheres, Maria Grazia Chiuri para Dior, e Virginie Viard, em sua estreia solo à frente da haute couture da maison antes comandada por Karl Lagerfeld. E o preto imperou nos looks góticos, até austeros, em alguns momentos lembrando armaduras, criados por Maria Grazia que encontrou inspiração em Bernard Rudofsky, o escritor austro-americano e contemporâneo de Christian Dior, que escreveu o ensaio “Are Clothes Modern?”, de 1947, que acompanhava a exposição do MoMA de mesmo nome.
Destaque para as sandálias gladiadoras que sobem como uma renda pelas pernas e para o único look branco abrindo o desfile com a frase que deu a direção da coleção.
Fora da passarela, na fila A, várias celebs prestigiaram, como as atrizes Gal Gadot, Elisabeth Moss e Shailane Woodley, a feminista e escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, e Bianca Jagger.
Já a Chanel colocou sua coleção em uma biblioteca inspirada na do apartamento de Coco Chanel na rue Cambon. As modelos circularam ao som da trilha sonora criada pelo maestro Michel Gaubert. Discreta como sempre, Viard contou mais do que nunca com suas bordadeiras, artistas de penas, fabricantes de botões e fitas, magos do artesanato, em uma coleção onde se destacaram casacos forrados de seda até o tornozelo, vestidos de veludo com gola alta, vestidos de chiffon, o clássico tweed usado de diferentes jeitos, tudo arrematado com sapatos baixos de verniz, com ‘pegada’ masculina.
Na primeira fila, das musas francesas Inès de la Fressange e Caroline de Maigret, e as atrizes Isabelle Hupert e Margot Robbie.