Não há mais meias palavras na relação entre o PT e a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente da República, Michel Temer. Trata-se de um divórcio litigioso. O áudio gravado pelo vice, vazado nesta segunda-feira, foi a pá de cal. Temer fala como presidente em exercício, considerando o impeachment fato já consumado e propondo o diálogo nacional e reformas futuras. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, entende que Temer assumiu a marca de “patrocinador do golpe”. O ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, acusou diretamente o vice de “golpista”. Dirigentes do PT classificaram a atitude do vice de “deplorável”, “absurda”, “inacreditável”. O vice, em entrevista coletiva, disse que o discurso não deveria ter sido divulgado _ o que considerou um erro _ , mas reiterou que continua a defender as mesmas posições de sempre.
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