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Renato Aragão estreou no palco aos 79 anos, em uma versão para o teatro de seu sucesso no cinema “Os Saltimbancos Trapalhões”, que tem trilha sonora de Chico Buarque. O musical está em cartaz na Cidade das Artes, no Rio, e nessa terça-feira teve sessão para convidados, com direito a Xuxa [mais Sasha] e Lucinha Lins, que interpretou a mesma trama na telona em 1981, na plateia. Perguntamos para a apresentadora se ela não se anima em seguir os passos do amigo e estrelar uma versão teatral de “Super Xuxa Contra o Baixo Astral” ou “Lua de Cristal”. “Não, deixa isso para o Renato. Para fazer uma peça, é preciso muita preparação. São vários detalhes, e você faz todo dia a mesma coisa por muito tempo.”  Outros artistas também prestigiaram o evento, como José Mayer, Leticia Birkheuer e Marcelo Serrado.

“Já fui a gata”

Lucinha também conversou com a gente, no intervalo. “Já fui a gata na história. Imagina! Tem tempo isso… O meu maior encanto aqui hoje é porque não estou me vendo, sabe? Estou nostálgica, sem dúvida, mas estou assistindo a uma coisa tão nova, uma linguagem bonita… Maravilhoso!”

Direito de não aceitar

Durante o espetáculo, o melhor do estilo Trapalhões: os bordões, as piadas – engraçadas de tão bobas – os cacos no texto, um amor platônico para Didi… Que contracena com Dedé e, para completar, com o Sargento Pincel. Só as tiradas politicamente incorretas da época do quarteto na televisão [sobre negros e homossexuais, por exemplo] é que sumiram… Ou quase. “Melhor um homem feio na mão que dois bonitos se beijando”, solta Didi, disputando o coração da mocinha com um trapezista galã. Mas essa passa, né? Quer saber o que Renato tem a dizer sobre o assunto? “O humor muda de acordo com a sociedade. Eles têm direito de não aceitar mais aquele tipo de piada.” O comediante não conteve as lágrimas. “Não esperava tudo isso. Estou começando no teatro, fazendo pela primeira vez. Como vou devolver todo esse carinho que me dedicam há duas, três gerações? Vou levar mais duas, três gerações só para agradecer.”

Puro e simples

* “Sou nascido e criado em circo, então fazer essa peça foi especial. Fico muito emocionado”, completou Dedé Santana. “Até minha neta me chama de Pincel. Esqueço que meu nome é Roberto Guilherme. ‘Saltimbancos Trapalhões’ é importante porque mostra o humor puro e simples, que é o que o povo gosta”, emendou o colega de décadas. Quer rever a versão de 1981? Play aqui embaixo! Mas antes confira quem passou pela Cidade das Artes, na nossa galeria de fotos. (por Michelle Licory)

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