O Parlashopping, projeto de construção monumental de R$ 1 bilhão, com um edifício de 10 andares e outros três anexos na Câmara dos Deputados, já tinha virado água por falta de interesse econômico de investidores. Depois de lançado o edital, em março, nenhum grupo apresentou interesse pela empreitada para uma PPP (Parceria Público-Privada). Mas ainda paira no ar a possibilidade de a Primeira Secretaria da Casa levar adiante a ideia de construir pelo menos um anexo, com custo estimado de mais de R$ 300 milhões. Como o pai do Parlashopping é o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), implicado na Operação Lava Jato até o pescoço, os parlamentares acham que a ideia desmoronou de vez, assim como seu mentor.
“Como a gestação desta ideia tem as digitais de Eduardo Cunha, penso que fica ainda mais distante a possibilidade desta anomalia e esta agressão a Brasília se concretizar”, disse a deputada Érika Kokay (PT-DF). A petista já protocolou uma representação no Iphan pedindo para que a obra seja barrada, por ignorar regras do tombamento. O Iphan ainda não se pronunciou, pois não há fato concreto por enquanto. Por via das dúvidas, a petição eletrônica contra o Parlashopping continua circulando. Já há quase 4 mil assinaturas.
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