A 78ª cerimônia de entrega dos Globos de Ouro, que aconteceu na noite desse domingo no hotel Beverly Hilton de Beverly Hills, na Califórnia, certamente entrará para a história. Mas não por ter sido a primeira dos novos tempos trazidos pelo novo coronavírus, que tornaram a circulação de celebridades por seu tapete vermelho impossível, e sim em razão da completa falta de ânimo de todos aqueles que dela participaram – a começar pela dupla de apresentadoras da ocasião, as atrizes do primeiro escalão da televisão americana Amy Poehler e Tina Fey.
Veteranas no métier (essa foi a quarta vez que elas apresentaram a segunda premiação mais importante de Hollywod depois do Oscar), as duas simplesmente não tinham muito material para piadas, e motivos para tal também não faltaram. Isso porque brincar com a atual crise sanitária é ousadia que nem mesmo os comediantes mais “edgy” arriscam nesse momento. Sem falar que no último ano a meca do showbiz praticamente entrou em férias coletivas.
Para a “Time”, no entanto, a culpa pela falta de graça do último Globo de Ouro não foi da dupla: a revista acredita que a conjuntura de fatores negativos teria resultado no mesmo caso as “hosts” tivessem sido outras. Já o site “Deadline” não foi tão afável, e classificou a passagem mais recente delas pelo evento organizado pela Assosicação dos Jornalistas Estrangeiros de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês) como um verdadeiro “desastre”.
Resta a Poehler e Fey, e também ao pessoal da HFPA, uma esperança: ao contrário do que acontece no Brasil, os números de audiência dos programas de televisão não são medidos em tempo real. Medidos pela Nielsen nos Estados Unidos, esses dados levam em média 48 horas para serem computados, e é possível que o Globo de Ouro de 2021 tenha registrado bons índices, uma vez que foi bastante promovido pela emissora que o transmitiu, a NBC. Que o Oscar, marcado para o mês que vem, tenha mais sorte… (Por Anderson Antunes)