A presidência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados vai enviar para análise da Corregedoria da Casa vídeos e notas taquigráficas (com a íntegra dos diálogos) da sessão da última quinta-feira, quando parlamentares se estapearam. A confusão ocorreu na sessão que analisava a admissibilidade do processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os sucessivos adiamentos, articulados pela tropa de choque de Cunha, têm deixado os nervos à flor da pele na Câmara.
O corregedor da Câmara, deputado Carlos Manato (SD-ES), praticamente pediu ao Conselho que provocasse a Corregedoria a agir. Criada em 2013, a Corregedoria está apta a “promover sindicância ou inquérito para apuração de notícias de ilícitos, no âmbito da Câmara, que envolvam deputados”.
Manato, que também é da turma alinhada a Cunha, lembrou trechos do Código de Ética: “Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puníveis na forma deste Código: perturbar a ordem das sessões da Câmara ou das reuniões de comissão; praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa; praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou comissão, ou os respectivos Presidentes”.
Também houve pancadaria no plenário da Câmara quando os parlamentares foram analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mas, até o momento, ninguém da Casa pediu à Corregedoria para investigar se houve abusos de conduta parlamentar.
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