Roseanne Barr voltou a causar nesta segunda-feira, e novamente no Twitter. Duas semanas depois de ter sua sitcom “Roseanne” cancelada pela rede americana de televisão ABC por causa de uma comentário pra lá de racista que fez no microblog, a comediante endereçou um tweet a George Soros para pedir perdão por tê-lo chamado de “nazista” durante uma discussão online que teve com Chelsea Clinton, filha de Hillary e Bill Clinton, no fim de maio.
“Eu peço desculpas sinceras a @georgesoros. Sua família foi perseguida pelos nazistas e sobreviveu ao Holocausto apenas por causa da força e da desenvoltura de seu pai”, escreveu, incluindo na postagem o link do site oficial da Open Society Foundations, uma ONG criada por Soros para promover a democracia ao redor do mundo.
Pra quem está por fora dessa outra polêmica de Barr, em 29 de maio, portanto na mesma época em que perdeu o emprego na até então série de maior sucesso da TV americana, ela acusou Soros de ter atuado em conjunto com o regime de Adolf Hitler para perseguir judeus e, como recompensa, ficar com as riquezas deles.
“Isso é pura fabricação”, o bilionário de 87 anos disse ao “The Washington Post” ao ser questionado pelo jornal sobre a teoria conspiratória baseada em fatos destorcidos e jamais comprovada que lhe persegue há anos e que surgiu depois de uma entrevista que concedeu ao jornalístico “60 Minutes”, da CBS.
Além do emprego na ABC, Barr perdeu a oportunidade de continuar embolsando US$ 20 milhões (R$ 74,5 milhões) anuais em royalties da série original que leva seu nome e ficou no ar entre 1988 e 1997. Recentemente, ela culpou um sonífero que toma pelas tiradas sem graça que andou fazendo nas redes sociais, mas a fabricante do medicamento logo divulgou uma nota para afirmar racismo não é um de seus efeitos colaterais. (Por Anderson Antunes)