Lembra que a gente contou aqui sobre um calote de US$ 4,6 milhões (R$ 17,8 milhões) que Quentin Tarantino levou da The Weinstein Company? Pois agora o diretor de “Kill Bill” e outros clássicos está tentando bloquear na justiça dos Estados Unidos a venda da falida produtora cofundada por seu ex bff Harvey Weinstein para a Lantern Entertainment em um negócio estimado entre US$ 287 milhões (R$ 1,1 bilhão) e US$ 310 milhões (R$ 1,2 bilhão).
Tarantino, é claro, quer receber os atrasados a que afirma ter direito antes que a transação seja efetivada, o que poderia isentar os novos donos da empresa de ter que honrar certas dívidas acumuladas pelos antigos, que além de Weinstein incluem o irmão do ex-todopoderoso de Hollywood, Bob Weinstein, e vários outros investidores.
O caso corre em um tribunal de Manhattan, em Nova York, e além do cineasta outros famosos como Meryl Streep e Brad Pitt – todos na lista de credores da The Weinstein Company – igualmente já se manifestaram publicamente ou nos autos contra a polêmica venda.
Os créditos são referentes aos royalties que a turma acumulou ao longo dos anos por trabalhos para a telona dos quais participaram, como “Bastardos Inglórios”, no caso de Pitt, e “A Dama de Ferro”, filme que rendeu um Oscar de Melhor Atriz para Streep em 2012. Assim como a maioria dos colegas, os dois sempre deixavam pra receber esses valores “mais pra frente”, porém não contavam com o escândalo sexual que acabou levando Weinstein e companhia à bancarrota. (Por Anderson Antunes)