Apesar de ter desistido não faz muito tempo de concorrer à Casa Branca, uma ideia antiga defendida até mesmo pelo barão da mídia e aliado da direita internacional Rupert Murdoch, o mais progressista Michael Bloomberg, que agora é apoiador de primeira fila do democrata Joe Biden, finalmente resolveu tirar do papel um outro grande projeto que seus conselheiros mais próximos sempre tentaram convencê-lo a tocar: o de abrir o capital da gigante de notícias e análises econômicas que leva seu sobrenome e que é líder mundial em seu concorrido segmento.
Atualmente o 21º maior bilionário do mundo, com um patrimônio estimado em US$ 54,9 bilhões (R$ 306,5 bilhões), Bloomberg tem a maior parte de sua fortuna na fatia de 88% da Bloomberg L.P., que ele fundou em 1981 e cujas receitas anuais estão na casa dos US$ 10 bilhões (R$ 55,8 bilhões). Sempre foi o sonho de muitos banqueiros americanos levar a companhia à bolsa, e ao que parece o investidor e também bilionário Bill Ackman (aquele que teria inspirado o impiedoso personagem Bobby Axelrod da série “Billions) foi quem o convenceu a fazer isso.
Tudo ainda está em fase inicial de negociações, e provavelmente o eventual IPO (oferta pública de ações, na sigla em inglês) não sairá nesse ano. Valendo estimados US$ 60 bilhões (R$ 335 bilhões) no momento, a Bloomberg poderia levantar algo entre US$ 10 bilhões (R$ 55,8 bilhões) e US$ 15 bilhões (R$ 83,7 bilhões) com sua estreia no mercado de capitais, um dinheiro que, apostam muitos, seria usado por seu fundador para sair às compras em busca de negócios similares a fim de aumentar ainda mais o poderio de seu império. (Por Anderson Antunes)
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