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Coleção resort 2020 de Carolina Herrera // Reprodução Twitter

O governo mexicano acusou a marca americana Carolina Herrera de “apropriação cultural”, alegando que sua mais recente coleção apresenta designs criados pelas comunidades indígenas do país. Em uma carta enviada à fundadora da empresa, Herrera, e seu diretor de criação, Wes Gordon, o Ministério da Cultura do país disse que os desenhos usados ​​na linha Resort 2020 têm um significado especial para alguns povos indígenas.

De acordo com o governo do México, a label deve “explicar publicamente por que usaram esses elementos culturais, cujas origens estão documentadas, e como isso beneficiaria as comunidades envolvidas”. Susana Harp, senadora do Movimento Nacional de Regeneração, também criticou a empresa no Twitter, que teve vários comentários com a hashtag # MéxicoSinPlagio (“México sem plágio”) para mostrar sua oposição à marca.

“Por muitos anos, temos tentado impedir que grandes marcas e designers desrespeitem nossa cultura, se aproximem das comunidades ou trabalhem com elas”, disse Harp em um vídeo postado em seu feed no Twitter. Acrescentou ainda que, em 2015, Carolina Herrera havia colaborado com uma comunidade indígena em uma coleção de bolsas, então foi particularmente surpreendente agora que a nova linha havia sido lançada “sem permissão, sem respeito, sem nenhuma compensação econômica”.

A coleção Resort 2020 apresenta uma série de padrões mexicanos coloridos e desenhos de flores tradicionais, e foi definida pela marca como tendo um”clima lúdico e colorido de um feriado latino”.

“Inspirada pelo espírito da casa de alegria de viver que é sinônimo de temporada de resort, esta coleção é sobre reações viscerais de padrões ecléticos, silhuetas inesperadas, energia pulsante”, acrescenta a descrição.

Lembrando que ultimamente a questão de apropriação indevida de culturas e religiões tem sido assunto recorrente na indústria da moda. Em 2017, a Chanel foi criticada por se apropriar da cultura indígena australiana ao vender um bumerangue por US $ 1.325, e no mês passado a Gucci enfrentou ainda críticas por oferecer um turbante de US$ 790 inspirado nos sikhs.

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