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A cientista brasileira Alicia Kowaltowski foi homenageada em Paris, no dia 28 de maio, pelo Prêmio Internacional L’Oréal–UNESCO Para Mulheres na Ciência 2024, promovido pela Fundação L’Oréal, do Grupo L’Oréal, em parceria com a UNESCO. Ela é uma das cinco vencedoras reconhecidas por seus projetos pioneiros nas áreas das ciências da vida e do ambiente. A professora de Bioquímica da Universidade de São Paulo (USP) tem dado uma importante contribuição para enfrentar desafios globais de saúde pública, como doenças crônicas, incluindo obesidade, diabetes e infarto.

 

 

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Graduada em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em 1997, Alicia obteve seu doutorado em Ciências Médicas pela mesma instituição em 1999. Ela foi selecionada pelo programa devido à sua pesquisa inovadora sobre o metabolismo energético, as complexas reações bioquímicas que permitem aos seres humanos obter energia dos alimentos para viver e funcionar. Sua investigação contribui significativamente para a compreensão de doenças como envelhecimento, obesidade, diabetes e infarto.

O objetivo geral do projeto vencedor é analisar o papel de alterações no transporte de íons, metabolismo energético e oxidantes mitocondriais em condições fisiopatológicas. Com uma melhor compreensão do papel mitocondrial nesses processos, a cientista espera propor intervenções direcionadas para controlar esses efeitos mitocondriais e celulares indesejados em processos patológicos de grande importância para a saúde humana.

Atualmente, a professora incentiva estudantes brasileiros a realizarem bolsas apoiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), visando estimular suas pesquisas, ampliar seus horizontes e entregar resultados pioneiros. De acordo com Alicia, isso também ajuda a tornar o mundo um pouco menos desigual, pois todos acabam aprendendo que são mais parecidos do que diferentes. “Meu conselho aos cientistas em ascensão é serem curiosos, fazerem boas perguntas, estarem abertos a resultados inesperados, encontrarem supervisores de apoio e nunca desistirem”, afirma.

Como mulher na ciência no Brasil, Alicia faz parte de uma minoria feminina nas áreas biológicas. Ela acredita que entender as condições propícias para que as mulheres prosperem na ciência pode ajudar a melhorar essas condições. Isso inclui licença maternidade remunerada, estruturas de acolhimento infantil a preços acessíveis e prazos alargados para avaliações de subvenções e projetos, permitindo oportunidades mais justas e equitativas.

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