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Débora Falabella é Dani em ‘Depois a Louca Sou EU’ || Reprodução/ Cena do filme
Débora Falabella é Dani em ‘Depois a Louca Sou EU’ || Reprodução/ Cena do filme

Débora Falabella ganhou um presentão no seu aniversário de 42 anos, comemorado na última segunda-feira. A atriz estreia nesta quinta-feira em seu novo longa, ‘Depois a Louca Sou Eu’. Dani, personagem de Débora, que faz de tudo para lidar com suas crises de ansiedade, procurando as mais diversas formas de tentar aliviar o transtorno. Nesse período turbulento em que o tema se torna ainda mais falado, a atriz contou para o Glamurama como o filme se    caixa nos dias de hoje: “A sociedade cobra que a gente produza sempre, esteja sempre realizando algo, e isso nos gera angústia, ansiedade, até porque é impossível viver o tempo todo assim.”

Por conta da pandemia, muitos trabalhos foram reprisados na TV e Débora admite que gosta de rever antigos trabalhos, como ‘O Clone’, ‘Avenida Brasil’ e ‘A Força do Querer’. Neste último ela deu a vida à odiada vilã Irene: “Não tenho uma predileção por vilã ou mocinha, gosto de personagens boas, mas adoraria fazer novamente uma vilã nos moldes da Irene”, entrega. Confira nosso papo! (por Luzara Pinho):

Glamurama: Sua personagem em ‘Depois a Louca Sou Eu’ tem crises de ansiedade e procura soluções, como a terapia. Acredita que as pessoas estão sofrendo mais desse mal?
Débora: A sociedade tem sofrido mais com ansiedade. Acho que isso é um mal da nossa época. O mundo está muito acelerado, recebemos muitas informações o tempo inteiro, elas chegam muito rápido, não temos mais tempo, a sociedade cobra que a gente produza sempre, isso nos gera uma angústia, uma ansiedade, até porque é impossível viver o tempo todo assim.

Glamurama: Acha que na pandemia isso se intensificou?
Débora: Sim, porque com a pandemia já não temos controle do que acontece na nossa vida. E isso intensificou tudo… temos medo de perder nossos entes queridos e do que vai acontecer no futuro.

Glamurama: A estreia do filme, inclusive, foi adiada por conta da pandemia. O que mudou na sua vida e rotina nesse período turbulento?
Débora: A pandemia afetou a vida de todos nós. Tenho uma situação que considero muito privilegiada. Vimos muitas pessoas sofrendo nesse período, tive que parar vários trabalhos que não poderiam acontecer presencialmente. Me adaptei investigando um pouco esse universo online, das redes sociais, tentando entender como fazer dramaturgia para esse lugar, fazer teatro, estar em cena. Um período muito difícil mas de muitas descobertas.

Glamurama: Como você vê a cultura e arte nesse período? Foi de fato mais valorizada?
Débora: Estão sendo valorizadas pelo público que consome. Somos bombardeados com notícias ruins o tempo todo, então acho que a arte vem no lugar do sonho, da construção de um pensamento, de uma esperança. Mas não está sendo valorizada pelos nossos governantes. Uma parte cultural, dos trabalhadores da cultura, está parada há muito tempo e não tem incentivo. O Carnaval não pode acontecer. Quem vive dele sentiu muito. Isso tem acontecido em diversos setores culturais, no cinema, que aos poucos está voltando, nos teatros, que ainda estão fechados. Nossa cultura precisa ser valorizada pelo governo, ainda mais em um momento em que estamos tão enfraquecidos.

Glamurama: Você está revendo ‘A Força do Querer’? Como foi fazer a Irene?
Débora: Tenho visto algumas coisas da novela. Tenho lembranças muito boas, foi incrível fazer a Irene, uma personagem que, a princípio, tinha uma participação pontual na trama, mas era muito forte e cresceu. Eu me divertia muito gravando, tenho memorias incríveis dos meus parceiros de cena… Maria Clara Spinelli, Dan Stulbach, Maria Fernanda Cândido, tive uma troca muito boa. Adorava fazer essa personagem tão estranha, com tantas falhas de caráter. Nunca tinha vivido uma vilã como ela e gostei muito da liberdade que essa personagem me deu. Ela era muito diferente de mim, trouxe um desprendimento. Não tenho predileção por vilã ou mocinha, gosto de personagens boas, mas adoraria fazer novamente um papel nos moldes da Irene.

Glamurama: Veremos a Débora em novelas e outros filmes em breve? 
Débora: Estou gravando a segunda temporada de ‘Aruanas’, essa série tão importante e interessante.

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