De onde vem o dinheiro da rainha Elizabeth II e de outros membros da família real?

A família real reunida || Créditos: Getty Images

Sempre que um grande evento envolvendo a família real do Reino Unido entra no calendário oficial do país, analistas pró e contra os Windsor costumam lembrar dos números que retratam a vida deles. Nos últimos dias, aliás, esse tem sido um dos assuntos preferidos da imprensa internacional, por causa da proximidade do casamento de Meghan Markle e do príncipe Harry, marcado para 19 de maio, que terá todos os custos bancados pelos cofres reais.

Alguns defendem que a rainha Elizabeth II e seus familiares são lucrativos para a economia. Existem inclusive estimativas que apontam o “up” que a monarca e seus descendentes dão no PIB britânico: £ 57 bilhões (R$ 274,2 bilhões) por ano, segundo a consultoria Brand Finance. Mas sempre tem uma turma que acha que os gastos deles, em alguns casos bancados pelos contribuintes, são excessivos.

Atá a rede americana de televisão “CNN” entrou no debate e levou ao ar recentemente uma matéria com detalhes dos principais membros da monarquia sobre o ganha-pão deles. Aqui vai um SPOILER: não é trabalhando. Continua lendo que a gente entrega as cifras… (Por Anderson Antunes)

Dinheiro não é problema para a monarca || Créditos: Getty Images

O salário da rainha

Chefe de tudo, Elizabeth II é dona de uma fortuna pessoal estimada em £ 360 milhões (R$ 1,73 bilhão). Certamente é uma montanha de dinheiro, mas existem mais de 320 súditos dela com muito mais na conta. Boa parte dos ganhos da monarca são provenientes dos imóveis que ela mantém espalhados pelo Reino Unido, que estão reunidos em um fundo separado da Coroa e não incluem propriedades de Estado como o Palácio de Buckingham, residência oficial. A maior parte do dinheiro que estas propriedades geram vai para o tesouro britânico, mas a rainha não tem do reclamar, já que fica com algo entre 15% e 25% dos lucros. No ano passado foram £ 76,1 milhões (R$ 366 milhões), já contabilizados um aumento de mais de 70% em relação ao montante de 2016. O dinheiro extra acabou sendo usado para bancar uma ampla reforma ainda em curso no Palácio de Buckingham.

Ele ganha bem menos que a mulher, mas também não tem do que reclamar || Créditos: Getty Images

O salário do príncipe Philip

Casado com a chefe de Estado do país, o príncipe Philip tem rendimentos bem mais modestos quando comparados aos da mulher: ele recebia um salário anual de £ 359 mil (R$ 1,73 milhão) do governo britânico pelos serviços oficiais que prestados até o ano passado, quando anunciou a aposentadoria. Membro da família real que um dia reinou sobre a Grécia e acabou dizimada, ele manteve a renda mesmo depois de ter se despedido da vida pública.

Charles também ganha muito bem e é tido como bom investidor || Créditos: Getty Images

O salário do príncipe Charles

No caso do príncipe Charles, mais de 90% da renda vem do Ducado da Cornualha, criado em 1337 para manter herdeiros do trono. Assim como a mãe, Charles vive de lucros gerados por imóveis e fundos imobiliários e sabe-se que ele é um bom investidor em outras áreas (o futuro rei da Inglaterra também tem uma fazenda de produtos orgânicos que vai muito bem). No total, ele embolsou £ 20,7 milhões (R$ 99,6 milhões) no ano passado do ducado, além de £ 1,3 milhão (R$ 6,2 milhões) que recebeu do fundo que administra o portfólio de propriedades da rainha e de £ 461 mil (R$ 2,2 milhões) por ser membro de vários órgãos do governo britânico.

Harry e William têm a poupança garantida || Créditos: Getty Images

Os salários de William e Harry

Um vai ser rei e o outro provavelmente vai continuar vivendo a vida adoidado. Mas William e Harry recebem o mesmo valor do Ducado da Cornualha, algo em torno de £ 6,6 milhões (R$ 31,7 milhões) depositados por ano em uma conta conjunta que dividem. Ambos também têm fortunas pessoais na casa dos £ 30 milhões (R$ 144,3 milhões), que herdaram da mãe, a princesa Diana. Mas Harry é um pouquinho mais rico do que o irmão, já que recebeu uma herança mais generosa da Rainha Mãe, que morreu em 2002. É que ela achou justo beneficiá-lo em seu testamento, uma vez que William terá o direito a uma grana extra da Coroa quando Charles morrer e lhe deixar o fardo tão temido por quase todos que carregam o sobrenome Windsor. (Por Anderson Antunes)

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