Há mais de um ano sofrendo com a desaceleração em seu ritmo de crescimento e margens de lucros cada vez menos interessantes, a Meta – holding que controla o Facebook, o Instagram, o WhatsApp e o Oculus – corre o risco de se tornar o centro de uma possível “revolta trabalhista” como jamais se viu no Vale do Silício, a região da Califórnia na qual se encontram as sedes das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos.
O problema é que funcionários da gigante das redes sociais cofundada por Mark Zuckerberg, também seu CEO e maior acionista, não gostaram de saber que a companhia cogita mais um corte de folha em massa e, em razão disso, se organizam para protestar contra essas demissões de forma a fazer bastante barulho, como nunca aconteceu antes no universo tech e de forma a colocá-la numa situação extremamente delicada.
Assim como muitas de suas concorrentes nos vários setores em que atua, a Meta sempre foi considerada uma boa empregadora, com uma visão de futuro sobre a melhor forma de manter felizes seus colaboradores. Mas isso é passado, e só em 2022 seu valor de mercado caiu mais de 70%, levando-a a demitir 11 mil de seus então mais de 87 mil empregados em novembro, e a possivelmente repetir a redução de pessoal nas próximas semanas – mas não sem ver sua marca rendendo notícias negativas na mídia, como agora planejam muitos dos restantes.