Impedidas de se juntarem às massas nos protestos pela morte de George Floyd, um afro-americano assassinado na semana passada por um policial branco de Minneapolis, algumas celebridades americanas têm feito o possível para contribuir com a causa antirracismo, o que nesse caso se traduz em colocar a mão no bolso. Chrissy Teigen saiu na frente de todas ainda no fim de semana, quando se comprometeu a doar US$ 200 mil (R$ 1,06 milhão) para pagar pelas fianças de manifestantes que eventualmente acabem presos – inicialmente, a mulher de John Legend havia prometido a metade desse valor, que resolveu dobrar depois que um seguidor seu no Instagram a provocou dizendo que só estão tomando as ruas de várias cidades dos Estados Unidos “baderneiros e criminosos”. A mesma soma de US$ 200 mil foi doada pelo casal Blake Lively e Ryan Reynolds para Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês), uma ONG americana fundada em 1909 que é uma das mais antigas e influentes instituições a favor dos direitos civis de minorias nos EUA.
Outras celebs fizeram doações simbólicas de valores que variam entre US$ 50 (R$ 265,40) e US$ 2 mil (R$ 10,6 mil) para entidades que também lutam contra o racismo no país, mas afirmaram que enviaram cheques bem mais polpudos para cada uma cujos cifras preferiram manter em segredo. Fazem parte desse grupo famosos como Janelle Monáe, Cynthia Nixon, Seth Rogen, Steve Carell e Don Cheadle.
Já o britânico Harry Styles, que passa a maior parte do tempo em Los Angeles e também é um dos mais engajados entre os estrelados de lá, afirmou nos últimos dias em suas redes sociais ter feito várias doações para ONGs variadas, todas envolvidas na luta pelo pelos direitos civis, e ao mesmo tempo vem tentando convencer seus milhões de seguidores a fazerem o mesmo dentro daquilo que podem.
De maneira geral, estrelas e astros do showbiz americano estão sendo cautelosos para apoiar os protestos desde que continuem sendo pacíficos mas sem dar um aval total para aglomerações, algo que precisa ser evitado por causa da pandemia de Covid-19. Some-se a isso o fato de que em alguns meses os americanos irão às urnas para escolher um novo presidente e, claro, todos tentam ajudar como podem mas sem comprometer a imagem nesse momento de tensões e polaridade política extremada. (Por Anderson Antunes)