É difícil acreditar que Danni Suzuki tem 41 anos! A atriz, que começou na TV aos 23, em um episódio da novela ‘Uga Uga’, e agora é roteirista, diretora, produtora e… mãe. Mesmo com tantas funções, ela encontra uma maneira de se conectar com a natureza, especialmente através do surfe. No momento, Danni está em se preparando para interpretar a Tenente Luciana na série ‘O Renegado’, escrita por José Junior, criador do AfroReggae, e dirigida por Heitor Dhalia, e que irá ao ar pela Globoplay no ano que vem. “Essa é a primeira vez que eu faço uma policial. Por isso, estou buscando entender a vida e rotina de uma mulher dentro desse universo predominantemente masculino”, diz. Mesmo com uma rotina de exercícios diários e uma ótima alimentação, Danni revela que para interpretar Luciana do jeito mais realista teve que intensificar seus treinos e aprender manusear armas. “No início senti muitas dores nas pernas. Quase não conseguia subir escada. O fuzil é muito pesado e os movimentos repetitivos que precisamos fazer de posicionamento pegam mesmo”, conta. Além desse projeto, que no momento está ocupando bastante de seu tempo, a atriz planeja ir morar nos Estados Unidos com o filho, Kauai, de 7 anos. “Quero abrir novas portas para meus trabalhos”, explica ela, sobre a decisão de se mudar do Brasil. Quer saber mais? Confira o papo de Danni com o Glamurama.
Glamurama: Você está em plena preparação para começar a rodar a série ‘O Renegado’, onde interpreta a Tenente Luciana. O que pode nos adiantar sobre a sua personagem?
Danni Suzuki: A Luciana é uma tenente linha dura, que vai ser par romântico do personagem do Marcello Melo Jr. Essa é a primeira vez que faço uma policial. Por isso, estou buscando entender a vida e rotina de uma mulher dentro desse universo predominantemente masculino. Para você ter uma ideia, sou a única mulher do elenco.
Glamurama: E como é essa preparação?
DS: Fiz pesquisas, fui a batalhões da polícia e também trabalhei muito essa parte amorosa dela em relação ao Marcello. Mas a parte mais intensa foi a preparação física. No início, senti muitas dores no corpo. Quase não conseguia subir escada. Manusear o fuzil é difícil, ele é muito pesado, além dos movimentos repetitivos de posicionamento que precisamos fazer. Agora já estou mais adaptada.
Glamurama: Já havia tido contato com arma antes?
DS: Na época que morei no Alasca precisei fazer aulas de tiro por questão de sobrevivência. Lá tem muitos animais perigosos e quando saía de casa, precisava ficar alerta. Mas era completamente diferente. A arma era mais leve e era outra situação. A série exige muito, física e mentalmente. E os diretores nos querem muito preparados, é pra ser algo bem realista.
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Glamurama: Aliás, já que estamos falando nesse assunto, o que acha da liberação do porte de armas pelo novo governo?
DS: Acho que a questão da liberação tem que ser trabalhada junto com uma educação da população. Minha irmã mora nos Estados Unidos e sempre teve arma dentro de casa. Faz parte da realidade e é natural. Mas no Brasil, onde isso não é cultural, precisa de mais cuidado. O porte de armas não é algo simples como as pessoas falam, precisa de treino, de testes e não é barato. É uma questão de mentalidade. Mas nem todo mundo sente a necessidade de ter uma arma.
Glamurama: Como está sendo participar de uma história escrita pelo José Junior e dirigida pelo Heitor Dhalia?
DS: Incrível! O José Junior eu já admirava muito por conta do AfroReggae. Ele é uma pessoa maravilhosa, articulada e muito responsável. Já o Heitor, essa é a primeira vez que trabalho com ele, e estou amando. Ele é uma pessoa intensa. Me sinto num time perfeito.
Glamurama: Você pretende se mudar para os Estados Unidos, é isso?
DS: Vou me mudar sim! Já tem um tempo que fico nessa ponte entre Brasil e Estados Unidos. Quero abrir novas portas para os meus trabalhos, mas não vou abandonar o meu país. Atualmente estou rodando um documentário sobre refugiados… já viajei para a Síria, Turquia e Líbano. Assim que der pretendo ir para outros continentes continuar as gravações. Acho que me mudar para os EUA nem será uma mudança tão drástica pra mim.
Glamurama: E como o Kauai está vendo essa mudança?
DS: Ele sempre viaja comigo para os Estados Unidos e já sabe falar inglês. Acho que mudaria mais a questão da escola, mas ele se acostuma. Vou manter a minha casa aqui no Brasil e voltar pra trabalhar de tempos em tempos. Não vou abandonar o Brasil de uma vez. Continuo com os meus projetos e trabalhos por aqui.
Glamurama: Fale sobre o seu curta-metragem, ‘Pulso’, que recentemente venceu o ‘Olympus Film Festival’ como o Melhor Curta Internacional.
DS: Esse prêmio é muito especial. O curta foi selecionado por uma distribuidora de cinema americana e ficará em cartaz por uma semana no Los Angeles Theater no mês de julho. Pretendo ir para os Estados Unidos nessa época acompanhar a repercussão, ver a reação do público. Estou muito feliz. Escrevi e dirigi esse projeto.
Glamurama: Qual seu maior objetivo nos Estados Unidos? Pretende fazer algum curso?
DS: Sim, quero me especializar em direção e seguir fazendo inglês e atuação. Tem um curso muito específico, que só tem nos Estados Unidos, que estou louca para fazer: direção para filmes de efeito. Vejo muitos atores conquistando seu espaço e não se aprimorando mais. Acho importante sempre estudar para sair da zona de conforto. Eu quero mais!
Glamurama: Como consegue conciliar a vida corrida com ser mãe do Kauai?
DS: O Kauai está com sete anos, está bem na fase de formar opinião em relação a muitas coisas e normalmente a minha opinião vira a dele também. Até os doze anos, tudo o que ele vivenciar comigo ficará muito registrado. Por isso passo o máximo de tempo que posso com ele. Mas acho importante termos a nossa individualidade. Isso é bom pra mim e pra ele.
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Glamruama: Como é sua relação com ele?
DS: Bem, ele já entende minha rotina e pergunta muito sobre tudo. Quando saio, ele pergunta com quem vou sair, que horas chego. Mas faço questão de deixar claro que precisamos ter nosso tempo. O Kauai é muito grudado comigo e eu amo. Fazemos várias coisas juntos, mas é preciso explicar que a nossa individualidade importa, só assim ele vai crescer. Ele é meu maior projeto, a coisa que mais amo na minha vida. Para mim, ser mãe é estar presente, mas sem deixar de ser mulher.
Glamurama: Seu Instagram é cheio de fotos de praia e também de seus momentos surfando. Quando começou a praticar o esporte?
Ds: Comecei antes do Kauai nascer, depois parei e quando ele tinha dois anos, voltei a praticar. O surfe é um dos esportes que mais me relaxam. Quando estou no mar, desconecto de tudo. As amizades que tenho dentro desse meio também são incríveis, leves. Quando eu começo meu dia surfando, tudo muda. É outra vibe. E a melhor parte é que o Kauai também ama o mar.
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Glamurama: Você parece ter uma conexão muito forte com a natureza. Com tantos projetos e trabalhos, como consegue manter esse vínculo?
DS: Eu acho necessário. Esses momentos com a natureza se tornaram o meu respirar. Isso me equilibra e tento sempre trazer essa paz para os meus atos. A minha profissão de atriz é bem exigente às vezes, então a natureza é meu silêncio. Sem contar que isso também é importante para o meu filho.
Glamurama: Conta pra gente como faz para manter a boa forma?
DS: Me alimento bem, não bebo, não tenho vícios e ainda tem o surfe. Além disso tem a capoeira, que o Kauai faz comigo. Mas o mais importante está mesmo na alimentação. Mantenho uma dieta quase vegetariana… às vezes como peixe. Em algumas fases até arrisco uma dieta vegana.
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