Quem a vê no palco serelepe e majestosa pode não acreditar, mas Daniela Mercury chegou aos 50. E ela vai comemorar seu dia como mais gosta: com muito caruru – um cozido típico baiano – e um show inédito pela frente, o “Daniela Mercury, A Voz e o Violão”, no Teatro Safra, em São Paulo. Em conversa ao Glamurama, ela revelou que a nova idade é uma virada para outro mundo e que talvez esteja na hora de brincar mais com a vida. “Espero que seja a flor da minha idade. Quero me abrir em flor e revelar a mim mesma outras pessoas que não vi ainda. Outras Danielas”. Confira!
Por Denise Meira do Amaral
Glamurama – Como é chegar aos 50 anos?
Daniela Mercury – Sabe que estava até escrevendo sobre isso. Acho que é a partir dos 50 que a gente começa. Estou quase igual ao Raul Seixas, achando que é a idade de Deus. Porque Deus não tem idade. O tempo, como diz Gil, é rei. Caetano também fez uma música, “tempo, tempo, tempo, és um senhor tão bonito”. O tempo é senhor, é rei. Vou te contar uma historinha que estava contando para a Malu [Verçosa]. Quando a gente é pequeno, quer fazer 10, depois quer fazer 18, depois a gente acha que os 30 é a idade da liberdade, e os 40, da realização. Eu estava reluzente, com sensação de que tinha definido o que era, não tinha mais crise de identidade. Agora 50 é uma virada para outro mundo, para outro universo, parece que estou indo para outro planeta (risos). Nunca tinha pensado sobre isso. Mas como virei adulta muito cedo, talvez esteja na hora de brincar mais com a vida, de rir de mim mesma, de tirar proveito e fazer melhor o que eu já fiz, mas com mais sabedoria. Espero que seja a flor da minha idade. Quero me abrir em flor e revelar a mim mesma outras pessoas que eu não vi ainda. Outras Danielas. Porque a vida é sempre uma grande surpresa.
Glamurama – Como você está planejando comemorar o seu dia?
Daniela Mercury – Vou fazer um happy hour com caruru lá em casa, na Bahia. Lá a gente faz caruru para agradecer, normalmente nos meses de Cosme e Damião. Mas a Malu teve a ideia de comemorar meus 50 com caruru e vatapá. Adorei. Depois vou comemorar com meus fãs, nos shows que vou fazer no Safra [nos dias 31 de julho, 1º e 2 de agosto em São Paulo]. Adoro celebrar no palco. Adoro o glamour dele. Depois que comecei a fazer Réveillon no palco, nunca mais achei graça de passar a virada de outro jeito. Adoro celebrar aniversários no palco. Sou a própria música no meu aniversário (risos).
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