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Por Paulo Sampaio para a edição de novembro da Revista Joyce Pascowitch

Assim que o stylist Fabricio Miranda testa o look cheio de sobreposições multicoloridas, geométricas, saia plissada, top listrado, túnica longa e aberta na frente, óculos de armação branca e um lenço estampadão de seda, Dani Calabresa comenta: “Vou colocar um peito para fora, tá? Se vocês acharem demais, me falem”.

Antes de integrar a constelação nacional do humor politicamente incorreto, da qual fazem parte Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Marco Luque, Fabio Porchat, Diogo Portugal e Marcelo Adnet – com quem ela se casou de véu e grinalda -, Daniella Maria Giusti, nascida em São Bernardo do Campo, passou muito tempo sendo uma trash anônima. Porém, do mesmo jeito que não tem problemas em parecer feia, patética ou desengonçada, ela jamais renegaria sua participação em atrações que davam traço de audiência. “O Sem Controle, do SBT, era um programa que não tinha razão de ser. As pessoas ficavam peladas a troco de nada. E você sabe que, apesar da cafonice, eu adorava o ambiente de trabalho?” Sobre as reações indignadas ao humor eventualmente extrapolante de alguns astros de stand up, como Rafinha Bastos e Danilo Gentili, Dani defende que a graça está justamente no absurdo, na falta de correção política. “Não entendo essa gente tentando colocar limite no humor. Quer dizer, então, que bife na cabeça pode, mas linguiça no traseiro, não?”

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