Na noite dessa terça-feira, o Cristo Redentor se “vestiu” de Nossa Senhora – através de projeções – para um pocket show aos seus pés de Maria Gadú, para uma plateia de cerca de 50 pessoas, muitas delas sentadas no chão, protegidas do frio que fazia lá em cima por mantinhas azuis. Acompanhada apenas de um violoncelo – e tocando sua guitarra – a cantora emocionou com músicas de seu repertório e covers que reverenciavam de alguma forma o sagrado e o feminino como “Maria, Maria”, de Milton Nascimento, e “Super-Homem”, de Gilberto Gil, com os versos “mudando como um Deus o curso da história/ por causa da mulher”. Enquanto isso, a estátua cartão-postal máximo do Rio ia mostrando a Virgem de Guadalupe, depois Nossa Senhora Aparecida e por aí vai. Tudo isso para divulgar o documentário “Marias”, de Joana Mariani, exibido momentos antes no centro de visitantes do Corcovado.
“Não posso dizer que estou realizando um sonho porque nunca tive nem a audácia de sonhar um trem desses”, disse Gadú, que perdeu seu Moacir, alguém que ela disse ter sido fundamental na formação de seu caráter, horas antes. “O homem morre no dia que vou cantar no Cristo… Não posso deixar a primeira lágrima cair porque elas andam todas juntas, igual a mim e meus amigos quando eu tinha 20 anos”. Vem ver aqui embaixo um trechinho do show: play! (por Michelle Licory)
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