Em 2014, o autor e ilustrador sueco Simon Stålenhag transformou suas obras de artes conceituais em livro. A série de imagens mostrava como a sociedade vivia com a presença de um acelerador de partículas chamado Loop, localizado nos subterrâneos de uma cidade pequena. Aos poucos, o público descobriu o trabalho de Simon que acabou caindo no gosto popular.
E foi a Amazon a responsável por transformar as imagens do ilustrador na série de televisão ‘Contos do Loop’. Criada por Nathaniel Halpern, a produção conta a história de Loreta (Rebecca Hall) e sua família, que formam o núcleo central da trama, além de mostrar a vida de outros personagens e como eles têm lidado com acontecimentos um tanto quanto peculiar – sem spoilers.
O roteiro traz à tona temas como viagens no tempo em um mundo repleto de tecnologia, e torna ‘Contos do Loop’ uma mistura de ‘Dark’ e ‘Black Mirror’, mas com personalidade e narrativa própria. Cada capítulo conta a história de um personagem da série, sendo que todos estão relacionados com a família de Loretta, e como é a vida das pessoas em torno do Loop. Com isso, é possível entender o passado e as motivações atuais de cada um deles, além de observar a maneira como são afetados individualmente pela máquina.
Uma proposta interessante é que a série apresenta uma sociedade futurista com referências dos anos 70 e 80, e é justamente isso que faz com que a fotografia fique tão interessante. Outro ponto alto é a trilha sonora que acompanha momentos emocionantes e reveladores da série. Apesar de parecer mais uma trama de sci-fi, ‘Contos do Loop’ é extremamente sensível e faz refletir sobre a importância da vida, o luto e a essência do ser humano.
Os episódios são curtos e é possível maratonar a série em apenas um final de semana. Espere por momentos emocionantes, confusos e cheios de reflexão. Vale a pena conferir.
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