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Rodolfo de Santis se prepara para abrir o Giuletta || Créditos: Reprodução Instagram
Rodolfo de Santis se prepara para abrir o Giuletta || Créditos: Reprodução Instagram

Desde 2015 um nome tomou conta do agitado trecho do Itaim, em São Paulo, que inclui as ruas João Cachoeira e Jerônimo da Veiga:  Rodolfo de Santis. Por causa dele, filas enormes se formam todos os dias na região. O motivo? A disputa por uma das concorridas mesas dos restaurantes Nino Cucina e Da Marino, e dos bares Salumeria e Peppino, todos comandados pelo chef italiano. E o congestionamento de fãs dos empreendimentos e da culinária de Santis promete aumentar. Vem aí o Giulietta, novo desafio de Rodolfo previsto para inaugurar no final de agosto.

O italiano de 31 anos nascido na região de Puglia pisou no país pela primeira vez há sete anos, apenas para fazer um trabalho de consultoria. E acabou ficando. “Vi muitas possibilidades, um mercado muito aberto, bem parecido com Nova York. Pesquisei muito, olhei bastante coisa. Na Europa já existe uma variedade enorme de opções e o mercado é mais fechado.” Glamurama conversou com Rodolfo de Santis, um dos fenômenos da gastronomia paulistana que, mesmo em tempos de crise, se tornou um dos empresários mais bem sucedidos da área. Vem ver!

Inspiração

“Cheguei com pouco, ou melhor, nada. Só meus sonhos e muita vontade de lutar. Hoje só tenho que agradecer o apoio de uma equipe incrível, simples e dedicada, que considero minha família. Uma cidade que chamo de casa e uma paixão que ainda está só no começo, um começo de muitos sonhos”, escreveu dias atrás em seu Instagram, que usa para compartilhar um pouco de sua vida pessoal que, como ele mesmo define, se resume a horas de trabalho duro nos restaurantes e depois “casa”. “Passo o dia inteiro pesquisando novos sabores, ideias, locais, da hora que acordo até 4h da manhã em apps e sites. Adoro ir atrás e entender as tendências das grandes metrópoles como Nova York, Londres, Paris”, conta ele.

E por que você decidiu empreender por aqui?

“Acredito no Brasil. É um mercado cheio de possibilidades. Quando cheguei o mercado de restaurantes era focado 100% no serviço. Hoje em dia o que vende é o conceito e a experiência. Gosto de viver como no teatro, onde todo dia apresento uma nova peça que envolve os clientes e faz com que eles voltem mais vezes.”

Qual o segredo para fazer o negócio dar certo?

“Com o Giulietta serão cinco empreendimentos e já temos mais dois projetos à vista, além da reforma do Peppino no final do ano. Nosso conceito é nosso principal suporte. Eu e minha equipe – no início eram 21 pessoas e agora já somam 170 – trabalhamos do mesmo jeito que começamos. Fazemos o caminho contrário e me pergunto sempre o que o mercado precisa. Pra gente o grande desafio é fazer com que os cinco cardápios se completem e não briguem entre si. Ter um padrão de treinamento e fazer o que o cliente não espera, é nesse tipo de experiência que eu acredito. Sou a favor do conceito e de não replicar o mesmo negócio. Tínhamos a oportunidade de abrir filiais e eu não quis. Adaptar não é um caminho, vai diluindo o conceito inicial. Meu desejo é sempre fazer coisas diferentes e isso é um grande desafio. Sou empresário, mas acima de tudo um cozinheiro e tenho esse desejo de criar. Durante a criação do espaço, por exemplo, eu não solicito nem arquiteto. Faço do zero com as minhas referências.”

Os restaurantes Peppino e Nino Cucina || Créditos: Reprodução Instagram

E o que podemos esperar do Giulietta?

“O Giulietta vai inaugurar no final do mês que vem [agosto] se tudo der certo. Será uma casa de fogo, grelha e brasa (lembrando que o Nino Cucina é focado em culinária italiana e o Da Marino, na mediterrânea). Já existe uma ideia muito forte na cabeça do brasileiro sobre churrascaria, isso tanto no conceito, como no produto, na decoração… Porém procuramos fugir de tudo isso. Não será nada brasileiro, nem argentino”, entrega Rodolfo, que apostará em carnes mais leves, legumes na grelha e décor industrial com toque francês, com poltronas antigas de veludo vermelho. “Terá algo de fábrica abandonada. Até o nome foge do convencional. O conceito de carnes e grelha é muito masculino e para mudar isso optamos por um nome feminino italiano para atingir um publico diferente, com um restaurante de grelha que não precisa ser pesado. Apesar de trabalhar com cozinhas diferentes, no geral conseguimos atingir o mesmo público com os cinco restaurantes. Mesmo no Giulietta, por exemplo, os vegetarianos também terão vez. Você pode optar por um legume grelhado, ou um queijo na brasa e uma sobremesa.”

Pretende ampliar seus negócios para outras cidades brasileiras? 

“Não. Tenho bastante trabalho pra fazer por aqui, mais uns três projetos. Se fosse ampliar minha vontade pessoal seria abrir algo nos Estados Unidos. Quem sabe um dia.”

E qual seu prato favorito?

“É muito difícil eu cozinhar em casa, mas sou fã da culinária japonesa. Peixes crus em geral, bem feitos. Adoro o Shin-Zushi e o Samurai na Liberdade, que fica aberto até as 4h da madrugada. Acabo indo sempre depois do trabalho.”

Você é um homem bonito e bem sucedido. É muito paquerado em seus restaurantes?

“Não dá tempo. É tudo tão corrido”. E a namorada tem ciúmes? “Não rola um ciúmes, estamos juntos há um ano e é bem tranquilo.”

Como você consegue supervisionar todos os empreendimentos?

“Ter uma equipe incrível, que são os braços do negócio, é fundamental. Mas sou centralizador. É muito trabalho, mas tenho pessoas muito boas e dedicadas ao meu lado. Gosto que a equipe cresça junto comigo, por isso opto sempre por quem esteja pronto para fazer dar certo.”

Férias?

“Olha, pretendo ir para a Ásia no final do ano. Nunca fui. A família da Larissa (namorada) é de lá e gosto muito da cultura. Pretendo passar pelo Japão e Vietnã.” (Por Paula Barros)

 

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