Ela nasceu em 1937 na Hungria e, antes de se mudar para o Brasil, aos 10 anos, as lembranças que possui são de pouco brincar. A bailarina, que viveu a infância no contexto da guerra, foi, juntamente com sua família, uma sobrevivente – seus pais, um casal de alfaiates judeus, chegaram a ser presos pelos nazistas e escaparam por pouco. E foi somente com a mudança de país que Marika começou a dançar, primeiro no Ballet IV Centenário, depois no Theatro Municipal do Rio e, por fim, no Ballet Stagium, fundado por ela e Décio Otero, em 1971. “Me considero a dança. Lembro que tudo que fiz foi dançando, mesmo nos momentos mais tristes e nos mais alegres, sempre dancei”, já disse ela. A sua dança, certamente, também transformou a vida de milhares de pessoas que não teriam acesso àarte, como as populações ribeirinhas do rio São Francisco – que a viram dançar em cima de um tablado montado em uma barca – e as mais 80 mil crianças e adolescentes que tiveram contato com seus espetáculos por meio do projeto Escola Stagium. A história de Marika está no livro Sobreviventes II (ed. Maayanot), Luiz Rampazzo e Marcio Pitliuk, que traz uma coletânea de relatos sobre o Holocausto.
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