Hoje, convido você a redescobrir a história da catedral, por meio de três exposições. A primeira delas é a “Dessine-moi Notre-Dame: l’église que vous connaissez ou l’église que vous imaginez”, que numa tradução livre seria algo como “Desenhe para mim a Notre-Dame: a igreja que você conhece ou a igreja que você imagina”. A mostra que enfeita os tapumes da parte frontal da igreja apresenta 51 desenhos super coloridos, feitos por crianças de 4 aos 16 anos, cada um à sua maneira, expressando suas emoções face ao fogo, que muitos optaram por representar. A imagem da flecha de Viollet-le-Duc desabando nas chamas, sem dúvida, marcou muito os pequenos porque é representada na maioria das obras.
Virando a esquina, mais precisamente na rue du Cloître, aos pés da catedral em reforma, nos deparamos com a bela exposição do fotógrafo Patrick Zachmann, “Notre-Dame de Paris, les premiers mois d’une renaissance”. Um percurso fotográfico surpreendente que traça “os primeiros meses do renascimento” após a tragédia e nos dá a impressão de estar dentro da Catedral. São 37 imagens que testemunham a violência das chamas, o colossal canteiro de obras em que a igreja se transformou e o incrível trabalho humano iniciado no dia seguinte ao incêndio. A exposição é uma forma também de revitalizar a região que já foi bem mais animada com turistas lotando os cafés e as lojinhas de souvenirs.
Para finalizar, a mostra virtual ‘Notre-Dame de Paris en plus de 100 oeuvres’ traça a história da catedral por meio de muitas obras de arte presentes em vários museus da cidade de Paris, como no museu Carnavalet, dedicado à história de Paris e seus habitantes, mas também no Petit Palais, no Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris, na casa de Victor Hugo, no Museu da Vida Romântica ou no Museu da Libertação de Paris. Pinturas, ilustrações, gravuras e outras fotografias de Charles Le Brun, Victor Hugo, Eugène Atget e até Brassaï fazem parte dessa galeria de reproduções, grande parte das quais também disponível para download gratuito.
Et alors, vamos visitar a exposição? (por Mario Kaneski de Moraes, fundador do Estúdio Arara, startup de comunicação e marketing, sediada em Paris)