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Mimicat: a Amy Winehouse portuguesa || Créditos: Divulgação
Mimicat: a Amy Winehouse portuguesa || Créditos: Divulgação
Mimicat: a Amy Winehouse portuguesa || Créditos: Divulgação

Nem só de fado vive Portugal. Que o diga Marisa Mena, a Mimicat, cantora portuguesa que anda agitando a cena lusitana com sua voz potente e estilo único. No Brasil pela primeira vez, a “Amy Winehouse portuguesa” veio para se apresentar na Virada Cultural, mas aproveitou sua estada para fazer uma pequena turnê por alguns dos bares mais descolados de São Paulo. Nesse meio tempo, conversou com Glamurama sobre suas impressões do país e da sua música. Aqui, a entrevista e, abaixo, uma palinha do que ela vai mostrar na Virada.

Por Gabriela Lyra

Glamurama: Como você define seu primeiro álbum?
Mimicat: Quando tinha 18 anos, comecei a fazer o caminho inverso da maioria das pessoas. Através de um amigo meu, comecei a escutar músicas das décadas de 30 e 40, e fui me apaixonando. Claro que gosto de coisas atuais como John Legend e Alicia Keys no começo da carreira, mas minha musa definitiva certamente é Ella Fitzgerald. Porém, não gosto de rotular meu trabalho, porque tem um pouco de tudo, jazz, blues, soul, R&B…

Glamurama: Com quantos anos você começou no mundo da música?
Mimicat: Isso pouca gente sabe, mas gravei meu primeiro álbum quando tinha 9 anos. Era um disco de músicas infantis, e meu pai tem guardada uma cópia até hoje. Quando tinha 22, entrei numa banda que serviu para descobrir quem eu sou como artista de palco, porque quando você é muito novo, não tem uma identidade muito definida, não sabe bem o que é e anda meio com a corrente. Essa época foi boa porque me afirmei como artista, minha identidade de palco.

Glamurama: De onde surgiu o nome Mimicat?
Mimicat: Na minha família, as crianças chamam as madrinhas de Mimi, e eu já tenho uma afilhada com 11 anos, então bastou juntar ‘cat’ ao nome e voilà! A combinação foi amor à primeira vista.

Glamurama: Você sempre gostou do visual retrô?
Mimicat: Acho que quando se faz música boa, você tem que ter uma imagem igualmente boa. Eu sempre gostei de ir a brechós, e as mulheres da década de 30 me influenciam muito no visual. Elas todas sempre saíam de casa super elegantes, bem vestidas. Era um mundo mais glamuroso.

Glamurama: Essa é sua primeira vez do Brasil. O que achou daqui?
Mimicat: Nunca tinha vindo antes, nem como turista, e São Paulo é a primeira cidade que vejo. É um contraste bem grande com Lisboa: fui no Centro e vi os prédios antigos abandonados, mas estou hospedada nos Jardins, por exemplo, e já é um visual completamente diferente, com prédios mais modernos. Fui ao heliponto do hotel em que estou e vi São Paulo do alto, e a única palavra que posso dizer é que aqui é grande, muito grande!

Glamurama: E qual a expectativa para tocar na Virada Cultural?
Mimicat: Lógico que é grande! Vou tocar uma versão de “Chega de Saudade”, do João Gilberto, junto com minhas músicas solo. Espero que seja um belo show!

Virada Cultural

Data: 21/06
Local: Parque do Ibirapuera
Preço: Gratuito
Horário: Mimicat – 00:00h a 01:30h

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