Bernard Madoff, que entrou para a história como o criminoso financeiro mais famoso dos Estados Unidos, anda sonhando com o perdão presidencial de Donald Trump. Atrás das grades desde o fim de 2008 e condenado no ano seguinte a 150 anos de prisão por ter orquestrado o maior esquema de pirâmide de que se teve notícia, e que resultou em prejuízos de dezenas de bilhões de dólares para um sem número de pessoas e instituições, Maddoff encaminhou recentemente um pedido de clemência ao Departamento de Justiça dos EUA, no qual pede ao presidente do país que sua pena seja comutada por uma punição mais branda.
Desde que assumiu a presidência, Trump tem se mostrado bastante suscetível a esse tipo de solicitação, que considera ser uma arma para lutar contra um sistema de justiça que classificou em inúmeras ocasiões como “injusto”. No ano passado, o republicano até recebeu Kim Kardashian na Casa Branca para tratar justamente desse assunto (na época a reality star clamava pela liberdade de uma mulher de 63 anos que estava presa há mais de duas décadas por ter cometido crimes inofensivos, o que mais tarde acabou conseguindo).
Mas, no caso de Madoff, as chances de ver aquele que já foi chamado de “rei de Wall Street” saindo do xilindró no qual certa vez até levou um tapa são mínimas. Isso porque o chefe do executivo americano o considera um “nojento” e um “trapaceiro total”, conforme disse em entrevistas antigas nas quais falou sobre os crimes dele. A propósito, anos atrás e quando ainda estava no auge, Madoff tentou convencer Trump a lhe confiar parte de sua fortuna, e acabou ouvindo do presidente-bilionário uma resposta atravessada: “Não, obrigado. Prefiro eu mesmo perder meu próprio dinheiro”. Eita! (Por Anderson Antunes)