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Marina Pedroso já passou por diversos países | Reprodução / Instagram

Sem medo do que estaria por vir, a jornalista Marina Pedroso largou tudo para virar mochileira. Há mais de um ano, começando pela África, sozinha, ela está nessa trip onde encontrou diversos desafios: como ter que ficar nove meses morando no Quênia, por causa da pandemia, a morte de uma amiga, em decorrência de complicações por conta de malária, e diferenças culturais.

Antes de começar sua aventura, ela justificou a decisão de dar a volta ao mundo: “Um milhão de motivos. Já ouviu falar em Unboxing? O tal do termo que usam na hora de desembalar os recebidos? O meu vai ser um pouco diferente: não vai ter maquiagem nem Chanel. Quero mesmo é tirar o mundo das caixas onde metemos ele. Quebrar as arestas, preconceitos, padrões. Mostrar como é – não como a mídia pinta. Será que o Oriente Médio é feito de terroristas? A África é mesmo pobre? Uma mulher não deve ir sozinha à Índia porque é perigoso? Aliás, é loucura uma mulher fazer o que não se espera dela e querer viajar pra viver o mundo? É loucura uma mulher ser livre?”, questionou ela em suas redes sociais, onde compartilha momentos icônicos da jornada no perfil @womanifests.

Na época, a jornalista embarcou com o intuito de cruzar o continente africano e depois desbravar parte da Ásia. Seu objetivo era ficar na estrada por aproximadamente dois anos e tentar chegar na Europa. No entanto, a pandemia mudou todos esses planos, fazendo com que a viagem ficasse sem roteiro estabelecido. Marina começou sua jornalda na África do Sul, onde visitou as montanhas Table Mountain e Lion’s Head, que oferecem vistas incríveis para a Cidade do Cabo. Já no destino seguinte, em Moçambique, ela visitou praias e fez amizade com a população local. Por sua vez, na Tanzânia, a jornalista realizou passeios em praias de Zanzibar, onde jogou futebol com os locais, e passou pela trilha do Kilimanjaro. “Agora quero me deixar surpreender com experiências que não são vendidas em agências – tipo jogar futebol na maré baixa com um bando de Masai Mara. Ver aquelas figuras espichadas correndo atrás da bola cheios de panos, facões e penduricalhos”, postou.

Após passar pelo Quênia, onde realizou trabalhos comunitários, Marina chegou ao Egito. No país, ela participou da 2a edição do Nasser Fellowship for International Leadership, que busca cumprir e falar sobre algumas das metas estabelecidas pela ONU pra 2030 e 2063. “Assim vou aprendendo sobre as realidades, as crises, as existências… e aumentando a lista de países que quero visitar. E tudo porque dividi a história do meu mochilão de volta ao mundo, a ideia por trás do Womanifests e as vontades de conectar o que tenho vivido com as histórias de mulheres que cruzam meu caminho”, comentou.

Sobre o futuro, Marina adianta que há muitos capítulos por vir. “Quero construir um projeto meu, subir um vulcão, nadar com tubarão-baleia, ver a vida e a morte no Ganges, descobrir uma mulher sob a burca, fazer a trilha até o acampamento-base do Everest, virar amiga de um monge, pirar na aurora boreal, apostar uma corrida na muralha da China, comer pra “carvalho” na Itália (na verdade, em todos os lugares) e outras tantas mil coisas que ainda nem imagino que eu quero fazer, mas que sei que me esperam”.

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