O Uber – aplicativo fundando em 2009 em São Francisco, oferecendo serviço semelhante aos táxis de luxo – que está sob fogo cruzado dos taxistas de São Paulo, onde corre o risco de ser proibido, passa pela mesma situação em vários outros lugares do mundo: já foi banido há algum tempo na Espanha e na Alemanha e , em outros países da Europa, como a Bélgica e a Holanda, e também tem problemas com a lei. Na França, o primeiro país fora dos Estados Unidos onde começou a operar, o Uber suspendeu nesta sexta-feira um de seus serviços – o UberPOP, que conecta passageiros a motoristas não-profissionais – até que uma nova decisão do Conselho Constitucional do país seja anunciada, em setembro.
Fundado pela dupla Travis Kalanick e Garrett Camp, o Uber hoje está avaliado em mais de US$ 40 bilhões. Graças ao sucesso do aplicativo, que já recebeu mais de US$ 4 bilhões em aportes de investidores, tanto Kalanick quanto Camp se tornaram bilionários. Kalanick, aliás, já está acostumado com polêmicas. O primeiro empreendimento dele, um serviço de compartilhamento de arquivos, foi alvo de um processo de órgãos que representam as indústrias cinematográfica e musical dos Estados Unidos e decretou falência em 2000. Em tempo: o projeto de lei aprovado nessa semana pela maioria dos vereadores de São Paulo, e que proíbe o transporte remunerado de pessoas por meio de veículos particulares cadastrados em aplicativos, ainda precisa ser sancionado pelo prefeito Fernando Haddad. Até que isso aconteça, o Uber informou que irá operar normalmente na cidade. (Por Anderson Antunes)
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