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O teatro a céu aberto, projetado pelo arquiteto luxemburguês François Valentiny

Chegou ao fim a terceira edição do Música em Trancoso, com um concerto de valsas e operetas, nesse sábado. A noite anterior, de ópera, foi marcada pela subida no salto da soprano italiana Lucia Aliberti, que destratou músicos e maestro em plena apresentação, causando. A postura foi sentida também pelo público, que não simpatizou com a cantora. Em contrapartida, quem conquistou a plateia durante todo o festival foi a brasileira Josy Santos, mezzosoprano de origem simples, que hoje estuda na Alemanha com uma bolsa do Mozarteum.

Exemplos de superação e arrogância no mesmo palco, gerando até piadinha interna entre os garotos da Orquestra Jovem de São Paulo, que deram tchauzinho para um avião que passava sobre o teatro descoberto no Terra Vista, durante o concerto desse sábado, como se estivessem se despedindo de Aliberti. Os outros dois cantores líricos estrangeiros, o tenor polonês Tadeusz Szlenkier e a soprano inglesa Julia Thornton, foram só simpatia.

A soprano Lucia Aliberti, em foto de divulgação – a diva proibiu por contrato que fossem feitos registros durante sua visita

Entre os destaques, também está o spalla da Orquestra Jovem, Lucas Bernardo Silva, de 19 anos, oriundo do Projeto Guri Santa Marcelina, que acaba de ganhar uma bolsa para estudar em Amsterdam. De jeito tímido e compenetrado, segurou a onda com o maestro espanhol, e também muito jovem, Antonio Méndez.

Mas talvez a grande marca da edição deste ano seja mesmo a inauguração do teatro, projeto do arquiteto luxemburguês François Valentiny. Entrando para o concerto, Zuza Homem de Melo comentou para o Glamurama: “Nunca vi nada igual, é maravilhoso, nem na Grécia conheci um teatro aberto como este”, torcendo para que agora Trancoso possa receber ainda mais espetáculos e festivais, já que um bom teatro a cidade já tem.

 

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