Domingo é dia de premiação das grandes em Hollywood: acontece por lá a 24ª edição anual do SAG Awards, na qual os vencedores são escolhidos pelo próprio sindicato de atores dos Estados Unidos. E assim como ocorreu durante a entrega do Globo de Ouro no começo do mês, o foco do megaevento promete ficar mais em cima dos protestos da turma dos movimentos Time’s Up e #MeToo do que nos indicados nas principais categorias.
Como é tido como o menos pomposo dos “award shows” americanos (ao contrário do Oscar e do próprio Globo de Ouro, onde qualquer escorregão pode custar muito caro), o SAG deste ano deverá manter seu estilo informal ao mesmo tempo em que promoverá “uma saudação unificadora para as mulheres que foram muito corajosas quando decidiram revelar ao mundo que foram assediadas e abusadas sexualmente”, conforme seus produtores disseram para a “The Hollywood Reporter”.
Traduzindo: a noite tem tudo para se tornar um palanque para todos aqueles que pretendem condenar os vários crimes sexuais atribuídos ao produtor Harvey Weinstein e outros, como James Franco, que concorre ao prêmio de Melhor Ator pelo filme “Artista do Desastre”, e Aziz Ansari, indicado como Melhor Ator de Série Cômica por “Master of None”.
Para quem não acompanhou o noticiário de entretenimento, tanto Franco quanto Ansari foram alvos de acusações feitas por mulheres que afirmam terem sofrido assédio deles, e ainda não confirmaram se estarão ou não na plateia neste domingo. A boa notícia é que a atriz e comediante Kristen Bell, feminista de carteirinha, será a primeira
apresentadora mulher da história dos SAG Awards, enquanto o “momento Oprah” ficará a cargo de Morgan Freeman, que vai receber um prêmio pelo conjunto da obra. (Por Anderson Antunes)