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Por Isabel de Barros para revista Joyce Pascowitch de abril

Março de 2013. Enquanto gravava a novela “Salve Jorge”, na pele da autoconfiante Bianca, Cleo Pires deu uma entrevista para Marília Gabriela: respondeu às perguntas sem vacilar, falou muito, com propriedade, assuntos variados. Abril de 2014. Vivendo a bipolar Kátia na recém-lançada série “O Caçador”, ela parece estar mais mansa. “Isso é tão Bianca”, diz rindo, relembrando a tal entrevista na TV e não se reconhecendo mais nela mesma. Pergunto, então, se suas personagens continuam sempre vivas quando um trabalho termina. “É muito tentador, no mundo da fantasia você é aceito e, no fundo, o que todo mundo quer é ser aceito.” Mas a atriz vem tentado domar suas feras. “Estou cada vez mais querendo estar dentro de mim, ser mais gostosa do que minhas personagens.” O momento parece propício: seu novo papel no drama policial de Marçal Aquino e Fernando Bonassi é de uma mulher dependente de remédios e dividida entre dois amores, o do marido, o delegado Alexandre (Alejandro Claveaux), e o do cunhado, o policial André (Cauã Reymond).

Cleo está num momento de consciência total: fazendo terapia, curso de bioenergética, crossfit, tem cuidado da alimentação e da pele e pretende voltar a estudar em breve. “Descobri um livro do Sanford Meisner e quero fazer um curso em Los Angeles sobre seu método.” Sanford Meisner (1905/1997) foi um americano, criador de uma técnica de preparação de atores para cinema e teatro que defende uma atuação simples e honesta, sem se apoiar em complicações desnecessárias. Tudo na vida dela, aliás, parece caminhar para o descomplicado. E os frutos de tantos investimentos já aparecem: suas emoções e impulsos agora são aplicadas nesse estilo de vida mais saudável, mais regrado. E, apesar do foco inicial não ter sido estético, esses benefícios também começam a despontar: “Sempre tive celulite, gordurinha, banha e tudo bem. Mas, na segunda aula de crossfit, comecei a me incomodar”. No menu atual, orgânicos, peixes e pouco açúcar.

O bom momento vai de encontro com o namoro com Rômulo Neto, ex-modelo e, diga-se de passagem, superesportista. “Tô num momento de sexo com amor e achando a oitava maravilha do mundo. Não sabia muito o que era isso antes”. Quais seus sonhos, então, nos últimos tempos? “Tenho tido uns sonhos pornográficos (risos), o que é bastante peculiar porque eu estou bem longe desse universo atualmente. Tô mais relax, e aí acho que as coisas bacanas e genuínas aparecem.” O relacionamento que já completa um ano parece estar muito bem, obrigada. “É sempre maravilhoso, mas a gente é muito forte, nos desafiamos constantemente. Mas não acho que tenha que ser uma maré de rosas, já pensei que seria.”

Aos 31 anos, filha de uma mãe e dois pais – Glória Pires, Orlando Morais (de consideração) e Fábio Jr. (de sangue) –, Cleo não buscar mais o normal. “Eu nunca me senti muito normal, já sofri muito com esse meu julgamento e martírio e entendi que isso é uma grande bobagem.” De poucos amigos, ela conta nas mãos os de verdade: um grande amigo que mora em Paris, outra em Los Angeles, uns três no Rio, mais dois em SP e uma em Goiânia. Nenhum deles ator. “Tem algumas pessoas do meio das quais gosto bastante, mas não consegui desenvolver uma amizade duradoura com ninguém. Não sei muito por que…” Pretende ser mãe? “Quero experimentar a química de ser mãe de sangue e também desejo muito adotar. Existe algo que não se pode ignorar hoje em dia, tem muitas crianças no mundo que precisam de um lar, uma família. Se você tem tanto amor para dar, por que não?” Ao que tudo indica, amor não tem faltado no momento. Então, que siga assim, em alta, até a chegada da próxima Cleo!

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