Sergey Brin, um dos cofundadores do Google, e Peter Thiel, um dos primeiros investidores do Facebook, não vão gostar nem um pouco de saber que cientistas concluíram recentemente que a idade máxima capaz de ser atingida pelos humanos é 150 anos. Em um estudo que acaba de ser publicado no periódico científico “Nature Communications”, um dos mais respeitados do mundo, a turma de estudiosos revelou que usou um aplicativo para iPhone para coletar os dados sobre a saúde de pessoas que vivem nos Estados Unidos e do Reino Unido e, com base em técnicas de inteligência artificial, concluiu que nenhuma delas conseguiria passar das 15 décadas de vida.
A pesquisa deles levou em conta basicamente dois fatores: a idade biológica dos pesquisados e sua capacidade de resiliência diante de várias situações. A partir desses filtros, verificou-se que essa última característica – tida como fundamental para que se viva bem – começa a “desaparecer” a partir dos 120 anos, resultando daí pra frente em uma inabilidade para a recuperação. Em tempo: a francesa Jeanne Calment, morta em 1997 aos 122 anos, é a pessoa que mais viveu até hoje da qual se tem notícia.
Responsável pelo trabalho, o professor Andrei Gudkov, do Roswell Park Comprehensive Cancer Center de Nova York, acredita que não faz muito sentido investir em experimentos cujo objetivo é aumentar a longevidade humana. Isso certamente soa como muito mal para Brin e Thiel, que estão entre os vários bilionários do Vale do Silício que nos últimos anos apostaram milhões em criogenia. Pra quem não sabe do que se trata, essa é a área da ciência dedicada à busca pela vida eterna. (Por Anderson Antunes)
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