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Chef do Le Jazz e seu apartamento, no bairro de Pinheiros

No terceiro andar de um prédio simpático do bairro de Pinheiros, em São Paulo, sem elevador e com um canteiro de temperos na varanda, Chico Ferreira, sócio e chef do Le Jazz, abriu seu apartamento e até a sua geladeira para o Glamurama. Aos 34 anos, ele contou que começou a se interessar pela gastronomia ainda pequeno e descobriu que era isso que queria fazer da vida ao passar uma temporada na Austrália, enquanto ainda estudava publicidade.”Comecei lavando pratos”, revelou. Abaixo, um bate-bola com Chico e os cinco itens imprescindíveis na cozinha dele.

Como tudo começou?

Comecei a cozinhar para ter um interesse em comum com o meu pai, aos 12, 13 anos, depois que os meus pais se separaram. Eu já gostava muito, mas na época não existia muito essa profissão, nem faculdade. Quando eu estudava publicidade, fui morar na Austrália e trabalhei em restaurantes lavando pratos. Depois fui ser auxiliar de chef e me apaixonei! Ao voltar para o Brasil, passei por algumas cozinhas, até me mudar para Paris, onde passei 4 meses. De lá, voltei com a ideia do Le Jazz, em 2009. Em dezembro daquele ano eu e o Gil, meu sócio, inauguramos o primeiro, na rua dos Pinheiros. Em 2012 abrimos na Melo Alves e em 2013 no Shopping Iguatemi.

Quais são seus pratos preferidos?

São os da infância, da casa da minha avó. Spaghetti ao molho de tomate e manjericão, cassoulet e chuchu com ovo.

O que mais gosta de cozinhar?

Estou uma fase de comida asiática, noodles, comida tailandesa e balinesa.

O que mais te satisfaz em ser chef de cozinha?

Em casa, eu posso ter a liberdade de cozinhar o que quero para mim. Quem não cozinha, tem que comer o que tem. Também é um momento que eu tenho em casa com a minha namorada. É um ritual que rola um pouco em torno das refeições. Já no trabalho, estar ao lado dos cozinheiros todos os dias, que têm uma realidade bem diferente da que eu tive, é bastante interessante. As relações que acontecem no restaurante são também muito prazerosas. Tem o homem que pede a namorada em noivado, o pai que faz as pazes com o filho, um casal de velhinhos que são amigos de faculdade e se encontram toda sexta… É rico fazer parte da vida de tanta gente.

E qual é a parte ruim em ser chef?

É uma profissão difícil. É um ambiente quente, estressante, rola muita briga, é corrido, é tudo sempre pra ontem. Você se corta, se queima. E existe um folclore também. Na França, é muito forte o chef ter sido um aprendiz que foi esculachado pelo chefe dele e quando é a vez dele, faz o mesmo. É cultural. No Brasil, você tem que se impor, mas não chega a ser assim. Não é uma profissão em que você vai ficar rico, mas mesmo assim eu acho mais legal do que ficar o dia todo no escritório.

O que gosta de fazer quando não está cozinhando?

Gosto de sair de São Paulo. Tenho minha cota daqui. De tempos em tempos, preciso sair pra descansar de verdade. Gosto de surfar, do mar, de mergulhar, de montanha. Saio muito para comer também. (por Denise Meira do Amaral)

* Abaixo, os 5 itens indispensáveis na cozinha de Chico e um vídeo que flagra a geladeira dele por dentro. Siga a seta e aperte o play. 

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