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Chay Suede: novo Fábio Jr. da Globo?

Para Revista Joyce Pascowitch de agosto

No início de “Império”, novela de Aguinaldo Silva que veio para levantar poeira no horário nobre da Globo, os telespectadores ficaram inquietos diante da aparição de Zé Alfredo, vivido por um ator até então desconhecido: “Quem é aquele menino? Como surgiu aqui?”. Na ocasião, o nome de Chay Suede alcançou o trending topics do Twitter e, em apenas um dia, seu Instagram contabilizou 150 mil novos seguidores. O impacto de sua estreia na emissora, inclusive, já foi comparado com a chegada de Fábio Jr. na televisão (em tempo: nem Cauã Reymond chegou chegando assim).

Mesmo tendo surgido em “Ídolos”, reality musical da Record, ficado dois anos em “Rebelde”, novelinha adolescente da mesma emissora, e sido VJ da MTV nos últimos três meses de vida dela na TV aberta, o jovem capixaba de 22 anos é para a grande maioria uma novidade. E bastaram quatro capítulos da primeira fase da trama para que o ex-ídolo teen se tornasse fenômeno de público – e crítica. O diretor de núcleo Rogério Gomes comemora a decisão de alçá-lo ao posto de protagonista depois de um teste: “O trabalho dele fez toda a diferença e a escolha não poderia ter sido melhor”.

Ao entrar na locação das fotos, ele mostra que veio para ficar. Seu perfume, que ele não revela, logo toma conta de todo o ambiente. Num dos primeiros cliques, comemora o pedido do fotógrafo para não sorrir demais. “Detesto quando me pedem ‘dá um sorrisão’. Sou mais introspectivo.” Tem semelhanças com Zé Alfredo: misterioso, discreto, inquieto. Veste preto e coleciona acessórios de prata.

Solteiro depois de namorar a atriz Manu Gavassi e, antes dela, Sophia Abrahão, sua colega em “Rebelde”, Chay Suede avisa às pretendentes: “Não fico com ninguém em balada, gosto de conquistar. E sei discernir aproximação de interesse. Só deixo ficar perto quem gosta de mim”.

“Detesto quando me pedem ‘dá um sorrisão’. Sou mais introspectivo” 

Um banquinho e um violão

O mais velho entre cinco irmãos, Chay começou a carreira na música. Inspirado por Bob Dylan, Johnny Cash, 14-Bis e Boca Livre, fez suas primeiras composições de “rock rural” aos 16 anos. O pai, Roobertchay (sim, ele herdou o nome e o abreviou), foi quem o incentivou a ir atrás dos palcos. Mas foi Tatá Werneck quem colocou seu nome na roda da presidência da MTV. “Sabia que o Chay tinha um carisma incrível. Achava ele a cara da MTV. Hoje vejo que ele é a cara de qualquer lugar.”  E ele, claro, quer estar em todo lugar.

Na lista de planos, dois longas (“Lascados” e “Eu Te Levo”), um EP que deve ter parceria de Alexandre Nero (ator que interpreta Zé Alfredo na segunda fase de Império), um possível programa musical e um papel em “Babilônia”, a próxima das 9, de Gilberto Braga. Se ele se assusta com a fama? “Não tenho medo. Acho que sou bom no que faço, porque faço com amor.” O rótulo de galã, contudo, ele agradece, mas não compra: “Não vou e nem quero ficar com esse estigma. Não sou essa Coca-Cola toda”. Mas gás, ah, isso ele tem de sobra. (Por Pedro Henrique França)

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