A CBS, uma das maiores redes de televisão dos Estados Unidos, anunciou na tarde desta terça-feira a demissão do jornalista e apresentador Charlie Rose, um dos mais famosos e, até recentemente, mais respeitados dos Estados Unidos. O motivo tem a ver com uma matéria bombástica publicada pelo “The Washington Post” na segunda-feira
na qual ele é acusado de ter assediado sexualmente pelo menos oito mulheres, entre 1990 e 2011, sempre no ambiente de trabalho.
Em seus relatos ao “Post”, as supostas vítimas de Rose revelaram que ele as tocava constantemente em partes íntimas do corpo como os seios, e em alguns casos até andava sem roupa ao redor delas. “A CBS noticiou vários casos extraordinários de revelações [de assédio sexual] em outras empresas de mídia neste ano, e nossa credibilidade depende da maneira como lidamos [internamente] com estes casos”, David Rhodes, presidente da divisão de notícias da rede, disse em um comunicado no qual explicou a decisão.
Rose, de 75 anos, era um dos âncoras do talk show matutino “CBS This Morning” e correspondente do tradicional “60 Minutes”, ambos da CBS. Ele também apresentava um programa de entrevistas na rede pública PBS, no qual recebeu ao longo dos anos celebridades de todas as áreas – inclusive Eike Batista, em 2010, ocasião em que ouviu do ex-bilionário que ele se tornaria o homem mais rico do mundo em pouco tempo.
Em maio, o jornalista acostumado a dar furos também causou polêmica ao entrevistar Gisele Bündchen e arrancar da supermodelo uma declaração que deixou o marido dela em apuros: Tom Brady, segundo contou a brasileira, teve uma concussão no fim do ano passado, fato inédito até então para o público e para a NFL (a Liga Americana de Futebol) que precisa ser avisada sobre esse tipo de contratempo e abriu uma investigação interna para apurar o caso. (Por Anderson Antunes)
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