Pelo visto o executivo americano Joshua Schulman não aguentou a pressão para tirar a Michael Kors do buraco. Apenas 7 meses depois de ter sido contratado para atuar como CEO da marca americana, que é controlada pela Capri Holdings Limited, empresa de capital aberto que também é dona da Jimmy Choo e da Versace, Schulman pegou todos de surpresa ao pedir demissão na última segunda-feira (07). A novidade levou a ação da Capri negociada na Bolsa de Valores de Nova York a derreter quase 13% de lá pra cá.
Quando assumiu o cargo de CEO da MK, Schulman já sabia o que tinha pela frente. Entre outras coisas, naquele momento a queda nas vendas da maison criada em 1981 pelo estilista que lhe dá nome já era de seu conhecimento, e também consideravelmente maior do que as da Jimmy Choo e da Versace. De maneira geral, a controladora das três marcas icônicas viu suas receitas caírem dos US$ 5,5 bilhões (R$ 27,5 bilhões) em 2020 para pouco mais de US$ 4 bilhões (R$ 20 bilhões) no ano passado.
Presidente do conselho de administração e CEO da Capri, John D. Idol vai substituir interinamente Schulman, até encontrar alguém que tope o trabalho que fez Schulman jogar a toalha. Mas nem sempre as coisas foram assim para a gigante de moda. Em 2014, Michael Kors, a pessoa física, se tornou bilionário, apenas três anos depois do IPO (Oferta Pública de Ações, na sigla em inglês) da Capri, que àquela altura ainda se chamava Michael Kors Limited. E nem precisa dizer que Kors já perdeu o título, precisa?
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