Encontramos Carolina Jabor, diretora de “Boa Sorte”, no Rio. Ela conversou com a gente sobre como driblar a crise econômica, que já chegou ao cinema, dificultando a captação e o financiamento. “Pra mim, a solução é a combinação ideias boas mais poucos personagens: filmes pequenos. A Ancine tem ajudado muito o cinema nacional, faz um trabalha cada vez mais sério e constante. O que falta é a ajuda dos exibidores para deixar o longa mais tempo em cartaz. Eles tiram das salas para botar blockbuster americano antes mesmo do nosso filme acontecer. É cruel. Mas, por outro lado, hoje em dia um longa pode sobreviver melhor graças às plataformas ‘Video on Demand’. Quanto mais espaço, melhor”.
Ela respondeu se ainda sente um certo machismo nesse meio. “Eu particularmente acho que o cinema é de todos. Não vivo esse machismo. Prefiro achar que é tudo igual, até porque hoje temos cineastas e roteiristas de peso que são mulheres. A gente enfrenta, sim, o machismo. Mas é isso: enfrenta”.
Novidades? “Vamos fazer a segunda temporada do ‘Magnífica 70’, no HBO, e estou trabalhando em um roteiro de Claudia Jouvin, ainda sem título. Gosto de filmes mais dramáticos, histórias densas, e ao mesmo tempo de superação. E contemporâneas. Quando estamos criando, aquela é nossa realidade. A gente se transporta e a trama vira um pouco vida real. Você embarca naquele universo”. (por Michelle Licory)
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