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O Tryo Eletryco: Maria Ribeiro, Pretinho da Serrinha e Carolina Dieckmann. No varal, nomes de pessoas importante na trajetória deles
O Tryo Eletryco: Maria Ribeiro, Pretinho da Serrinha e Carolina Dieckmann. No varal, nomes de pessoas importante na trajetória deles || Créditos: Reprodução/ Instagram
O Tryo Eletryco: Maria Ribeiro, Pretinho da Serrinha e Carolina Dieckmann. No varal, nomes de pessoas importante na trajetória deles || Créditos: Reprodução/ Instagram

Glamurama foi assistir ao “Tryo Eletryco”, nome que Carolina Dieckmann, Maria Ribeiro e Pretinho da Serrinha deram para um “ensaio” de uma peça que eles dizem não saber ainda ao certo o que vai virar. O encontro, uma vez por semana durante um mês no Teatro Fashion Mall, no Rio, é divertidíssimo – do tipo que faz valer a pena sair de casa em uma noite de frio e muita chuva.

Festa paga por traficante

Os três passam a vida a limpo, prestando homenagens às pessoas que mudaram suas vidas. Pretinho, por exemplo, fala da infância pobre em uma comunidade, com a mãe presa e pai desconhecido, criado por uma tia. Conta que sua única festa de aniversário foi paga pelo traficante “dono” do morro, lembra de que jeito virou músico profissional e como conseguiu viajar para a Itália a trabalho ainda menor de idade, obviamente sem meios de conseguir autorização dos pais, contando uma mentirinha para Siro Darlan, famoso juiz do Rio. E como até hoje – bem sucedido – sofre racismo ao entrar em uma loja para comprar uma joia, por exemplo. Tudo sem rancores, com alegria no olhar e muito savoir faire.

Sofrência

Maria Ribeiro coloca a plateia no bolso. Com total domínio de cena – um tempo de comédia tipo stand up, sabe? – faz o público chorar de rir com suas tiradas – pura ironia fina – enquanto vai contando do pai que trocou a mãe pela secretária e protagonizando aquelas “implicanciazinhas” de melhor amiga com Carol. Todos esses depoimentos do trio são entremeados por músicas. E as atrizes se esforçam também no violão. Maria começa com sua pinta de cool cantando em francês, mas é quando lança “10%”, o hit de Maiara e Maraisa, que tem seu ponto alto. Ela explica antes que está em um momento “sofrência” e quase declama os versos. Com um timing perfeito, causa uma gargalhada quase uníssona. Hilário.

New Order

Carol vai ganhando no carisma – ou na fofura mesmo, para sermos mais claros – desde o primeiro minuto. Solar até quando conta sobre quando tinha 11 anos e sua casa pegou fogo, fala da importância do primeiro amor e, ao fazer uma homenagem ao marido, Tiago Worcman, por quem mudou de país, conquista o coração de todo mundo com a performance aqui embaixo:

Foi tão bonitinho o cover de “Bizarre Love Triangle”que no final todo mundo soltou um suspiro. E é nesse clima que ela faz todo o espetáculo: com sorriso no rosto, leveza, simpatia, demonstrando sua gratidão pelas pessoas que fizeram parte da sua trajetória. Ah, e provando que está aprendendo rápido os instrumentos. Mais um detalhe: reparou que os violões são todos coloridos, pintados à mão? Trabalho da atriz, que tem se dedicado a aquarelas. São muitas novas facetas que ela vai mostrando nesse “ensaio”, impagável justamente por conta da graça de ver essa dicotomia entre a nuvenzinha cinza e ranzinza de Maria e a luz natural de Carol, equilibrada pela comédia da vida real narrada por Pretinho, o “pé no chão” do espetáculo. Tudo pontuado pelos números musicais improvisados que vão de Tom Jobim – que Maria conheceu quando criança em uma churrascaria – até “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó. Semana que vem tem mais.  (por Michelle Licory)

Carolina Dieckmann || Créditos: Reprodução/ Instagram

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