Carmo Dalla Vecchia bateu um papo com a gente nessa quarta-feira na galeria de arte Sérgio Gonçalves, no centro do Rio. Foi esse o endereço escolhido para a primeira exposição do ator, “Tíbias, Cérebros, Crânios, Rádios e Úmeros”, com registros de pessoas deitadas, com o rosto virado para baixo. “Fui assistente de fotografia há mais de 20 anos, no Rio Grande do Sul. Depois, para um personagem na TV, fiz alguns cursos. As pessoas me questionavam: por que não mostrar?”
* “Pelo fato de já ter sido muito fotografado na minha época de modelo, sei que ou você gosta disso e posa, ou fica tenso. Quando eu coloco a pessoa de costas, aniquilo esse desconforto. E, em alguns casos, eu não montei a cena. São flagras, na rua. Para mim, o que importa é o que você vê quando olha um trabalho meu, e o quanto ele é crível. Usei tanto máquinas profissionais quanto celulares. Mas aí fiz um tratamento para todas ficarem com a mesma estética.”
* Perguntamos se a série que ele clicou no Nepal, já um sucesso no Instagram, será o tema da próxima mostra. “Você gosta daquelas fotos? Viajei com a equipe da novela ‘Joia Rara’, sem estar escalado para essas cenas, só para fotografar. Mas, chegando lá, fui a uma livraria e vi umas 15 publicações sobre a mesma ideia. Aí fiquei meio desanimado. Repetir o que já existe? Claro que tem meu olhar, mas… Acho esse trabalho que está em exposição aqui mais genuíno.” Isso que é autocrítica…
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