Carine Roitfeld está cada dia mais empresária de moda e menos editrix. Fundadora da revista bianual “CR Fashion Book”, que nasceu em 2012, um ano depois de a fashionista surpreender seus fãs ao deixar o cargo de editora-chefe da “Vogue Paris”, que ocupou entre 2001 e 2011, Roitfeld, de 68 anos, acaba de se aventurar mais uma vez no competitivo e ao mesmo tempo altamente lucrativo segmento de fragrâncias.
Agora, seu mais novo produto é um perfume unissex batizado com seu primeiro nome e produzido com seu ingrediente favorito quando o assunto são os aromas marcantes: o patchouli, com uma base amadeirada e cuja qualidade depende fortemente das técnicas de cultivo, tempo de colheita, processo de secagem e técnicas de destilação da planta que lhe dá nome, no Brasil também conhecida como oriza.
“Eu tenho um ‘crush’ bem particular pelo patchouli”, disse Roitfeld em entrevista ao seu site homônimo, em cujo e-commerce o novo produto é vendido exclusivamente por US$ 200 (R$ 1 mil). “É mais ou menos como flertar com o cheiro do proibido”, completou aquela que já foi tida como a provável substituta de Anna Wintour no
comando da Vogue americana, mas preferiu seguir o caminho dos negócios.
Roitfeld, que não é boba nem nada, entra com tudo e em grande estilo na indústria de perfumes justamente em um momento em que a mesma cresce fortemente, tendo movimentado US$ 35,1 bilhões (R$ 185 bilhões) em 2021 e com estimativas apontando que tal cifra deverá saltar para quase US$ 58 bilhões (R$ 305,7 bilhões) em 2027. Isso, aliás, também explica em parte a razão de a Estée Lauder, especialista nesse segmento, ter investido US$ 2,8 bilhões (R$ 14,7 bilhões) para comprar a Tom Ford, marca que possui um vasto portfólio de fragrâncias de luxo.
- Neste artigo:
- Carine Roitfeld,
- fragância,
- perfume,