A mais famosa “Selva de Pedra” do mundo, Nova York está afundando. De acordo com um estudo publicado na edição desse mês da revista científica “Earth’s Future”, a cidade americana sofre cada vez mais com o peso de seus tradicionais arranha-céus, erguidos nas últimas décadas. Conhecido pelo termo técnico “subsidência”, esse tipo de assentamento gradual ou afundamento repentino do solo é causado pelo deslocamento da superfície quando esta é empurrada para baixo em razão de alguma sobrecarga.
No caso da Big Apple, o “culpado” pelo excesso de peso é o concreto usado na fundação dos edifícios cada vez mais altos construídos sobretudo na região central de Manhattan, que está imergindo a uma taxa de 1 a 2 milímetros por ano, conforme o tal estudo. Pode parecer pouca coisa, mas em partes específicas de NY as medidas são comparáveis à movimentação de placas tectônicas resultante dos derretimentos de geleiras nos polos do planeta.
E se nada for feito para contornar o problema, é possível que o futuro nem tão distante assim das mais de 8,4 milhões de pessoas que vivem na metrópole esteja em risco, em algo comparável ao dos habitantes de Veneza, que começou a ser “engolida” pelo mar tempos atrás. Frise-se que, em 2020, um outro estudo publicado pela revista “Nature” já alertava sobre o mesmo horizonte cinzento, e até agora nada de efetivo foi pensado para evitar o pior.