Um vídeo produzido pelo Greenpeace e assistido por quase seis milhões de pessoas foi um dos culpados pelo fim da parceria de décadas entre a Shell e a Lego. O objetivo do grupo ambiental era protestar contra o plano da petroleira em perfurar o Ártico. Para isso, o Greenpeace construiu um cenário com 120 kg de peças de Lego no qual animais e pessoas eram inundados por óleo.
Em um primeiro momento, a Lego chegou a informar que não acabaria com o acordo comercial, mas mudou de ideia e informou que não renovará o contrato com a Shell, que deve ser finalizado em 2016. De todo jeito, a Lego informou em comunicado que não está de acordo com as táticas usadas pela ONG. “Não concordamos com os métodos do Greenpeace, até porque elas podem ter criado desentendimentos junto aos nossos clientes sobre a forma como trabalhamos”, explicou o CEO da Lego, Jorgen Vig Knudstorp. Já a Shell também informou que a companhia respeita o direito dos indivíduos de expressar seus pontos de vista.
Em janeiro de 2014, a Shell engavetou os planos de perfurar os poços no Ártico citando as condições de mercado e questões internas, mas em agosto voltou a apresentar uma nova proposta. A parceria entre as empresas é da década de 60: produtos Lego eram vendidos nos postos de gasolina da Shell em 26 países. O acordo comercial era avaliado em R$ 262 milhões e resultou nas vendas de 16 milhões de brinquedos.
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