Camila Pitanga: “Dá para amar dois ao mesmo tempo”

Regina com Carlos Alberto e com Vinicius, em “Babilônia”: cabem dois amores em um coração? || Créditos: Reprodução

Com as reviravoltas de “Babilônia”, tentando melhorar a audiência abaixo da meta, novas oportunidades foram criadas para os atores. Agora Camila Pitanga, na trama, está se afastando do mocinho original [o advogado Vinicius, papel de Thiago Fragoso] e entregando seu coração para Carlos Alberto [Marcos Pasquim], que na sinopse era gay, mas teve seu perfil alterado por conta da ala reacionária dos telespectadores que ameaçou boicotar a novela. Dito isso, Glamurama foi perguntar para a atriz: dá para amar dois homens ao mesmo tempo?

“Acho que dá pra amar dois ao mesmo tempo, sim. Sempre tem uma transição. No caso da Regina [sua personagem], ela está vivendo uma transição entre o amor da vida dela, alguém por quem ela era apaixonada, e uma pessoa que está chegando. Essa divisão [do coração], essa transição, isso é comum, principalmente pra quem se separa e fica um pouco colado àquela pessoa com quem você viveu por tanto tempo… A relação da Regina e do Vinicius não foi tão duradoura, mas é um homem muito importante pra ela. E o Carlos Alberto chega em um outro momento de vida, em que ela está crescendo, se transformando. Então são homens muito diferentes em momentos muito diferentes. Não é que é mais racional o relacionamento com o Carlos Alberto…. É que com ele ela está começando, no início, no frescor. Mas ao mesmo tempo ela está muito ligada pelo amor que ainda tem pelo Vinicius. Acho que ela gosta do Vinicius. Os dois são de uma classe social alta, então não é isso que os difere. Pra quem eu torço? Torço pra ela ser feliz.”

* “A Regina está em uma fase tão legal. Vai se tornar gerente de um restaurante que ela concebe, lá dentro do antiquário da Estela [Nathalia Timberg]. E vai ser repaginada, assumir um babyliss, uma textura no cabelo, e ganhar um novo figurino, com calças de cintura alta, alfaiataria. Ela vai ficar mais chique.” Detalhe: um dos feedbacks que a novela recebeu foi que a personagem era barraqueira demais para uma mocinha…

* Em tempo: sobre o galã dessa nova fase da trama ser um personagem antes criado pelo autor, Gilberto Braga, como sendo gay, Camila diz: “O impacto maior disso foi para o Pasquim, para a trajetória que ele tinha construído para o papel. Eu não tenho como tecer muitos comentários. Achei interessante pra Regina ter um triângulo amoroso. Novela é obra aberta, está sempre sujeita a surpresas de acordo com o público. Já aconteceu comigo: a Bebel [prostituta de ‘Paraíso Tropical’, do mesmo autor] é um exemplo. Ela tinha um lugar, era uma mal caráter. Virou uma mulher legal, querida pelos telespectadores.”

Por Michelle Licory

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