A Apple enviou nesta terça-feira um documento para a Securities and Exchange Commission, órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos, no qual informa o valor exato de suas reservas em dinheiro: impressionantes US$ 261,5 bilhões (R$ 815,9 bilhões), 13% a mais do que tinha há um ano e de longe o maior caixa entre todas as empresas do mundo, com ações negociadas na bolsa ou não. Mas o que soa como boa notícia é na verdade uma dor de cabeça para o CEO da fabricante do iPhone, Tim Cook.
Isso porque ele lida com pressões de todos os lados, sobretudo por parte de acionistas da empresa, que vivem lhe importunando com sugestões sobre como melhor aplicar a soma recorde. Parte deles acredita que o ideal seria distribuir o que for possível em dividendos extras, mas isso implicaria em impostos de repatriação, já que a grande maioria dos bilhões – cerca de 94% – está fora dos Estados Unidos.
Um outro grupo defende a aquisição de novas empresas e com mais frequência, algo que parece não agradar muito a Cook (o último grande negócio que ele bancou foi a compra do Beats, em 2014). Vira e mexe, o executivo desabafa aos mais próximos que a bolada, maior que o PIB do Chile, lhe traz mais problemas do que soluções. (Por Anderson Antunes)