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Enchentes em Paris / Crédito: Instagram

Durante o inverno europeu, as fortes chuvas que atingem a região de Paris fazem estragos e as enchentes têm ocorrido com mais frequência a cada ano. O rio Sena, que atravessa toda a cidade, atingiu mais de 4 metros de altura nesta sexta-feira. Na margem, barcos fluviais subiram ao nível do solo e tiveram que permanecer no cais. O Zouave, estátua situada na Pont de l’Alma, já está com os pés na água. As cheias afetam fortemente o tráfego nas áreas próximas ao rio. Desde segunda-feira, algumas ruas tiveram que ser fechadas devido ao risco de inundações.

Se o nível do Sena atingir os mesmos recordes de 2018 – com 4,85 metros -, o RER C, linha de trens que fazem os percursos na região parisiense, terá seu trafego interrompido por alguns dias por ter uma parte do seu trajeto situado muito perto do rio.

Todos os departamentos da Ilê de France, estado onde está localizada Paris, estão sob vigilância amarela e o risco de elevação do nível da água não para, de acordo com a Météo France. Mas essa situação é normal na temporada, podendo chegar a 4,5 metros, segundo a Vigicrues, organização de prevenção de enchentes. Na França, outros rios também estão transbordando. Como na região de Gironde, onde várias cidades foram invadidas pelas águas do rio Garonne. Em Yvelines, os prefeitos estão se preparando para ver os níveis passarem do ideal, enquanto em Essonne, um ginásio está pronto para acomodar 35 refugiados em caso de transbordamento.

*Em tempo: Em 2016, vários grandes estabelecimentos culturais localizados perto do Sena, incluindo o Louvre e o Museu d’Orsay tiveram que fechar suas portas por vários dias por conta da subida do Sena a 6,07 metros. No Louvre, nada menos que 35.000 obras, ou 25% das 152.000 artes preservadas em áreas sujeitas a inundações, foram abrigadas em 48 horas. Um sistema colossal, fruto de uma vasta organização: desde 2002, o museu dispõe de um plano de prevenção de riscos de cheias, que prevê, nomeadamente, a criação de um ficheiro de obras a montar nos pisos superiores e a organização de exercícios regulares.

Já no ano de 1910, Paris foi confrontada com inundações monstruosas. O nível do Sena subiu para 8,62 metros, causando grandes danos na capital. Vinte mil edifícios inundados, 30.000 casas afetadas nos subúrbios, 150.000 vítimas: as inundações de janeiro daquele ano foram vistas como um grande desastre natural para Paris e sua região. As fotos de época testemunham o espetáculo incomum de ruas parisienses inundadas e cruzadas por barcos. (por Mario Kaneski de Moraes, direto de Paris).

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