Um dos músicos mais ricos do mundo, certamente o artista irlandês mais bem sucedido de todos os tempos, dono de hits históricos… São vários os atributos que podem ser usados para descrever Bono Vox. Mas o líder do U2, a banda que mais ganhou dinheiro com turnês em toda a história (sim, eles superam os Beatles nesse quesito), ainda precisa de alguns superlativos em sua já consagrada biografia para ser considerado um mito com M maiúsculo, afinal quem percorre a estrada dos recordes nunca escapa do próximo.
Como o intérprete de “With or Without You”, “Beautiful Day”, “Sunday Bloody Sunday” e vários outros singles que marcaram época completa 58 primaveras nesta quinta-feira, Glamurama aproveita a ocasião para listar 3 feitos que ele ainda precisa realizar. Confira:
Falta pouco para o primeiro bilhão
Como já mencionamos, Bono é cheio da grana e não é só por causa do sucesso que faz no showbiz. Ele também é um investidor nato, sócio da firma de private equity americana Elevation Partners (fundada em 2004 e batizada em homenagem ao hit de mesmo nome do U2). É por meio dela que o músico investe alto em projetos que vão desde a mídia ao universo das start-ups de tecnologia. De acordo com os arquivos da Securities and Exchange Commission, a xerife do mercado de capitais dos Estados Unidos, a Elevation tem ativos estimados em US$ 1,9 bilhão (R$ 6,8 bilhões). Bono é dono de cerca de 20% da empresa, que representa pouco mais da metade da fortuna total dele, estimada em US$ 700 milhões (R$ 2,49 bilhões). Como o negócio vai muito bem, obrigado, ele é apontado há anos como o primeiro cantor com reais chances de se tornar bilionário, o que poderá acontecer já em 2020.
Efeito Bob Dylan: vem um Nobel aí?
Outra característica de Bono que vai além da música é o fato de que ele é muito engajado em causas sociais, e inclusive usa parte de seu conhecimento empresarial para levantar dinheiro em prol dos mais necessitados. Em 2006, aliás, o “The New York Times” o classificou como “o rosto da filantropia de fusão”, aquela que mistura interesses comerciais com caridade. O maior exemplo disso é a Product Red, iniciativa que ele ajudou a criar para reunir grandes empresas e lançar produtos de apelo pop para arrecadar fundos para países da África que sofrem com a AIDS. Nike, American Express, Apple, Starbucks, Converse, Microsoft, Armani e muitas outras toparam participar, e nos últimos dez anos o total levantado pela Product Red passou dos US$ 350 milhões (R$ 1,25 bilhão). Só por esse esforço tem quem defenda a entrega do prêmio Nobel da Paz para Bono, que em 2008 chegou a receber um “spin-off” da honraria, o prêmio “Homem da Paz”, concedido por cinco ex-vencedores do Nobel. Bob Dylan meio que abriu o caminho para o roqueiro nesse quesito…
Fazer as pazes com os irlandeses
Bono nasceu em Dublin e deu seus primeiros passos na carreira artística como músico de rua, cantando em troca de alguns trocados na lendária Grafton Street até conhecer os colegas e futuros parceiros Larry Mullen Jr. e os irmãos David Evans (o “The Edge”) e Richard Evans (o “Dik”), com quem formou o U2 em 1976. Seria uma história de “trapos para riquezas” capaz de deixar qualquer irlandês orgulhoso hoje em dia, certo? Nada disso, já que apesar da alta popularidade que goza internacionalmente ele é tido como “persona non grata” entre muitos de seus conterrâneos. O problema teve origem há muitos anos, depois que descobriram que o músico – dono da metade dos pubs de Dublin – registra todos em uma empresa com sede na Holanda, já que o país cobra impostos menores do que os praticados na Irlanda para esse tipo de estabelecimento. A empresa que controla os interesses fiscais do U2 também tem sede fiscal fora do país pelo mesmo motivo, o que para muitos não condiz com o discurso humanitário de Bono. Em certos locais da capital irlandesa, pronunciar o nome dele em público pode resultar em vários narizes torcidos. (Por Anderson Antunes)
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