A hashtag #MeToo corre o risco de muito em breve dar espaço para a “prima” francesa #BalanceTonPorc (algo como #DedureSeuPorco) nas redes sociais. Calma, a gente explica! Depois de causar várias mudanças no Festival de Cannes desse ano, o movimento que nasceu nos Estados Unidos e chegou até ao Paquistão agora promete chacoalhar a França com a revelação de que um dos maiores nomes da telona no país, o produtor francês Luc Besson, pode ter planejado o estupro de uma atriz de 27 anos cuja identidade não foi revelada.
A bomba foi publicada pela “Agence France Presse” no fim da semana passada, e desde então é um dos assuntos mais discutidos no país de Emmanuel Macron. Segundo o relato da vítima, que optou pelo anonimato por temer represálias, Besson a convidou em uma data não especificada para um encontro no hotel Le Bristol, de Paris, durante o qual lhe ofereceu uma xícara de chá.
Momentos depois de ingerir a bebida, ela afirma que se sentiu mal e perdeu a consciência, e só entendeu o que estava acontecendo quando acordou e viu que estava sendo tocada e penetrada pelo cineasta. Segundo a versão dela, Besson ainda deixou o hotel sem pagar a conta, causando-lhe enormes prejuízos. Casado desde 2004 com a produtora Virginie Besson-Silla, ele nega tudo e classificou o relato da tal atriz como “fantasioso”.
De qualquer forma, a polícia francesa abriu uma investigação sobre o caso na última sexta-feira. Possivelmente o maior nome do cinema francês nos últimos 20 anos, Besson é uma espécie de Harvey Weinstein em seu país natal. Diretor e produtor de sucesso, ele é responsável por hits como a série “Nikita” e o filme “O Quinto Elemento”, estrelado por Bruce Willis e Milla Jovovich, e foi quem convenceu Gisele Bündchen a estrear na sétima arte em 2004 com a comédia “Táxi”, outro produto de seu portfólio. (Por Anderson Antunes)