Bobby McFerrin está a caminho do Brasil. O músico é a grande atração do Música em Trancoso, que acontece entre os dias 5 e 12 de março no hotspot baiano. E é McFerrin quem abre o festival, regendo – sim, ele se dedica à regência desde 1990 – a Orquestra Experimental de Repertório de São Paulo com o polonês Maciej Pikulski ao piano. Mas o público do festival também terá o prazer de vê-lo cantando ao vivo, na noite de Bossa Nova comandada por Cesar Camargo Mariano, no dia 7 de março. Glamurama saiu na frente e conseguiu que o músico nos respondesse a algumas perguntas por e-mail. Voilà!
Por Verrô Campos
Glamurama: Esta não é sua primeira vez no Brasil. De que você mais gosta no país?
Bobby McFerrin: “Na verdade, geralmente quando eu viajo é porque vou cantar em algum show, e isso significa que tenho que cuidar bem da minha voz e ficar muito tranquilo. Eu não faço um monte de passeios turísticos. Mas é incrível o quanto você aprende só de conhecer o público e sentir a sua energia. E aqui no Brasil a energia é muito boa. Estou ansioso para esta viagem.”
Glamurama: Você já esteve em Trancoso ou na Bahia?
Bobby McFerrin: “Eu estive na Bahia uma vez, mas esta será a minha primeira vez em Trancoso.”
Glamurama: E a música brasileira? Quais são os primeiros nomes que lhe vêm à mente quando se fala em música brasileira?
Bobby McFerrin: “Não ria, mas Sergio Mendes e Brasil 66! Eu amo!! Claro que também adoro muitos dos grandes nomes como Jobim, Ivan Lins, Gilberto Gil.”
Glamurama: Você acha que essa participação no Festival Música em Trancoso pode trazer novas parcerias?
Bobby McFerrin: “Como com Cesar Camargo Mariano, por exemplo? Nós vamos descobrir !!”
Glamurama: Cesar Camargo Mariano nos disse na última edição do festival que você tem um filho muito talentoso, Taylor McFerrin. Quem mais na família tem talentos musicais?
Bobby McFerrin: “Taylor é produtor e compositor, ele é muito talentoso e um excelente beat-boxer também. E minha filha Madison uma jovem cantora maravilhosa também. Meu filho do meio, Jevon, gosta mais de atuar, mas ele canta muito bem e acabou cobrindo o papel de Smokey Robinson no musical da Broadway ‘Motown’. Estou muito orgulhoso de todos eles. E, claro, os meus pais eram cantores. Então minha casa é e sempre será um lugar cheio de música.”
Glamurama: Você está indo para reger a Orquestra Experimental de Repertório no festival Música em Trancoso. E tem regido desde 1990, mas a maioria do público, especialmente no Brasil, não sabe sobre isso. Você poderia nos contar sobre esta experiência?
Bobby McFerrin: “Eu sou cantor em primeiro lugar, mas gosto muito de reger também, a orquestra é um instrumento fantástico. Quando estou no comando é como se estivesse cantando com as mãos.”
Glamurama: Você está tendendo mais para a música clássica do que para o pop e o jazz ultimamente?
Bobby McFerrin: “Eu não penso sobre música dessa forma, dividindo em grupos separados. Todos os tipos são a mesma música para mim.”
Glamurama: Qual tipo de música você ouve no seu dia a dia? Pode nos dar as cinco mais tocadas da sua lista?
Bobby McFerrin: “Eu não tenho uma playlist. Eu apenas canto, qualquer coisa que esteja tocando na minha cabeça.”